quarta-feira, 29 de dezembro de 2010
CRIADOURO DE AEDES AEGYPTI
quinta-feira, 23 de dezembro de 2010
AGORA SIM... FELIZ NATAL

Olhem meus amigos e visitantes, adoro esta letra e resolvi postá-la aqui como uma mensagem de Boas Festas, aliás meu desejo é que todos tenhamos Boníssimas Festas...
"Sueña, con un mañana, un mundo nuevo debe llegar
Ten fé, és muy posible si tú estas decidido
Sueña, que no existen fronteras, y amor sin barreras
No mires átras
Vive, con la emoción de volver a sentir,
A vivir, la paz
Siembra, en tu camino, un nuevo destino
Y el sol brillará, donde las almas se unan en luz
La bondad, y el amor renacerán
Y el día que encontremos
Ese sueño cambiará, y no habra nadie que destruya
De tu alma la verdad.
domingo, 19 de dezembro de 2010
INFELIZ NATAL

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
NATAL...
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
UM DIA DE ATRASO...

O Visual Aids tem como objetivos conscientizar as pessoas para a transmissão do HIV/aids, divulgar as necessidades dos que vivem com HIV/aids e angariar fundos para promover a prestação de serviços e pesquisas.
O laço vermelho foi escolhido por causa de sua ligação ao sangue e à idéia de paixão, afirma Frank Moore, do grupo Visual Aids, e foi inspirado no laço amarelo que honrava os soldados americanos da Guerra do Golfo.
Inspirado no laço vermelho:
O laço rosa se tornou símbolo da luta contra o câncer de mama.
O amarelo é usado na conscientização dos direitos humanos dos refugiados de guerra e nos movimentos de igualdade.
O verde é utilizado por ativistas do meio ambiente preocupados com o emprego da madeira tropical para a construção de sets na indústria cinematográfica.
O lilás significa a luta contra as vítimas da violência urbana.
O azul promove a conscientização dos direitos das vítimas de crimes e, mais recentemente, o azul vem sendo adotado pela campanha contra a censura na internet.
Além da versão oficial, existem quatro versões sobre sua origem. Uma delas diz que os ativistas americanos passaram a usar o laço com o “V” de Vitória invertido, na esperança de que um dia, com o surgimento da cura, ele poderia voltar para a posição correta. Outra versão tem origem na Irlanda. Segundo ela, as mulheres dos marinheiros daquele país colocavam laços vermelhos na frente das casas quando os maridos morriam em combate.
terça-feira, 23 de novembro de 2010
SUBJETIVIDADE DO PROCESSO: REFLEXÕES TERAPÊUTICAS

segunda-feira, 8 de novembro de 2010
sexta-feira, 5 de novembro de 2010
POLITICAMENTE CORRETO ?

domingo, 31 de outubro de 2010
BABADO FORTE

Fãs do programa infantil "Vila Sésamo" enxergaram insinuações de que o personagem Beto se declarou gay após comentário no Twitter.
A página oficial da série da rede pública PBS, sob a assinatura do garoto Beto, publicou em junho que o cabelo dele se parecia com o do ator Mr. T (o sargento B.A. de "Esquadrão Classe A"). O programa planejava fazer uma sátira do remake.
"A única diferença é que o meu é mais 'mo', um pouco menos 'hawk'", escreveu.
A palavra "mohawk" pode ser traduzida por estilo moicano, em português.
Segundo o jornal "Los Angeles Times", blogueiros viram a expressão "mo" como uma gíria para homossexual.
Em 31 anos de "Vila Sésamo", a emissora defende que nada sugere que ele e seu amigo Ênio sejam mais do que amigos que vivem juntos e dormem lado a lado em pijamas listrados parecidos.
Na temporada mais recente, "Vila Sésamo" teve como participantes os comediantes Neil Patrick Harris e Wanda Sykes, abertamente gays.
Ellen Lewis, vice-presidente de comunicações do Sesame Workshop, disse ao jornal que o programa não está tentando se aproximar de espectadores gays.
"Sempre convidamos uma variedade de celebridades para aparecer. Honestamente, a ideia de que alguém ia interpretar [essa temporada] dessa maneira nunca passou pelas nossas cabeças."
Anteriormente, ela já havia negado o relacionamento entre Ênio e Beto. "Eles são bonecos, não humanos."
(transcrito do site de notícias BOL)
Estive fazendo uma avaliação desta relação e... acho que tem algum fundamento. Enio e Beto, apesar da declaração de Ellen Lewis de serem bonecos, podemos avaliar que é bem provável, eles oferecem todos os indícios.
E viva a pós-modernidade das relações. Se a moda pega, eles acabam virando ícones dos homossexuais, como o Tink-wink, dos Teletubbies.
terça-feira, 26 de outubro de 2010
TUPINAMBIS MERIANAE
sexta-feira, 15 de outubro de 2010
terça-feira, 12 de outubro de 2010
DIA DA CRIANÇA DIFERENTE
domingo, 3 de outubro de 2010
HUMILHANTE

Estou, como milhares de pessoas, acompanhando o resultado das eleições. É humilhante ver como nossa população é irresponsável e despreparada para ser bem governada. É humilhante ter uma criatura destas representando-nos. Neste momento o tal Francisco Everardo, vulgo Tiririca, está com o dobro de votos de uma das maiores autoridades de educação do Brasil: Gabriel Chalita. Ao invés de elegermos mais "chalitas", a população do estado mais rico da nação prefere votar numa pessoa sem qualquer preparo ou cultura, nem tampouco educação, um oportunista, uma pessoa sem qualquer projeto sério, fruto da mídia que projeta qualquer coisa.
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
ONDE ISSO VAI PARAR ?

quinta-feira, 23 de setembro de 2010
SUPER NOVIDADE
quarta-feira, 8 de setembro de 2010
UM POUCO DE PSICOLOGIA E RELIGIÃO

Certa feita uma aluna me perguntou se eu tinha religião. Segundo ela, psicólogo não tem religião! Dia destes me peguei a ler alguns textos, passagens de escritores profundos, algumas escrituras sagradas que evocam o sacrário de cada um de nós. Busco sempre explicações plausíveis para a falta de sensibilidade e conhecimento de alguns.
Sei dizer que esta discussão entre religião e psicologia se faz presente desde sempre, e desde sempre busca uma resposta. Tenho a minha. Penso nas duas como complementares ao ser humano, posto que complementam o ser humano. O ser, este nunca pensado, pois onde se pensa é exatamente onde não é, este é o ser da psicologia.
Feito essência se faz ser psíquico, mas feito alma se faz ser religioso. Aquilo que a religião olha é o ser em sua integralidade, porém a psicologia o olha em sua parcialidade dos recônditos do psiquismo, do inconsciente. Inconsciente é o depósito de tudo quanto somos sem saber, sendo lá a infinitude de ser, mesmo sem saber.
Psicologia e religião se religam entre alma e essência, entre consciência e inconsciência. A exatidão de tudo, se formos tudo, nos mostrará o tecer das bainhas de nossas vidas costuradas a outras bainhas, pois só é o que não somos.
Ao consultarmos algumas passagens bíblicas constamos o óbvio: muitos princípios utilizados pela psicologia lá estão. Quem tem bom senso reterá as palavras até o momento oportuno, dito assim no livro do Eclesiástico, nos mostra a clareza de termos a alma elevada e atenta. Se temos êxito na busca ponderada, isto nos mostrará o verdadeiro equilíbrio existente sob a luz daqueles que pensam antes de agir, sendo este um conceito da psicologia.
Jung afirmava que “cada vida é um desencadeamento psíquico que não se pode dominar a não ser parcialmente”.
Psicólogo tem religião, sim. O que psicólogo não deve, isso sim, julgar a religião do outro que o procura, atendo-se tão somente a contribuir em suas reflexões acerca do estado espiritual de cada indivíduo feito paciente. Isto posto, mostra um tanto que ambas as esferas do arcabouço do ser humano podem, e devem absolutamente, caminharem lado a lado, sem se perderem em instâncias subalternas.
Nas esquinas da humanidade existem confluências e cruzamentos de conduções e convenções necessárias, mesmo sendo desnecessárias nalguns momentos, como a terceira perna de Clarice Lispector. Voltar a ser alguém que nunca fomos, posto que a ausência inútil de uma terceira perna nos faz encontráveis nos desencontros.
Não vacilarei, de geração em geração não serei infeliz (Salmos 10, 6). Ao buscarmos a noção exata daquilo que somos, nossa única forma de ser, será o encontro do estado de felicidade, basta dispor das terceiras pernas existentes em nossas vidas. Inúteis, embora necessárias ao aprendermos andar sobre duas pernas. Temos duas pernas, desejamos ser felizes.
Psicologia e religião, complementos visando o melhor do ser humano.
domingo, 29 de agosto de 2010
MORRE LENTAMENTE...

"Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não encontra graça em si mesmo.
Morre lentamente quem destrói seu amor próprio, quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito, repetindo todos os dias os mesmos trajetos; quem não muda de marca, não se arrisca a vestir uma nova cor, ou não conversa com alguém que não conhece.
Morre lentamente quem evita uma paixão e seu redemoinho de emoções, justamente as que resgatam o brilho dos olhos, os corações aos tropeços.
Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz com seu trabalho, ou amor; quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho; quem não se permite pelo menos uma vez na vida fugir dos conselhos sensatos.
Viva hoje! Arrisque hoje! Faça hoje!
Não se deixe morrer lentamente!
quarta-feira, 18 de agosto de 2010
ALMOÇO COM AS ESTRELAS

Ontem foi dada a largada na TV e Rádios de todo o país para a propaganda eleitoral gratuita, que de gratuita não tem nada, pois muito se deixa de faturar para oferecer um verdadeiro show de coisas bizarras.
E por falar em coisas bizarras, ontem ao assistir ao dito programa me lembrei do Airton e da Lolita Rodrigues, que ao menos eram originais ao apresentarem seus artistas em seu programa.
Tinha show de variedades, tinha, tinha diversão, tinha, tinha gente sem eira nem beira, tinha... Então acho que o Horário Eleitoral Gratuito é uma espécie de fashback do Almoço com as Estrelas.
Ontem teve show de variedades, teve diversão – muita, gente sem eira nem beira, aos montes. Só não foi engraçado por serem candidatos a cargos que irão dirigir nosso país nos próximos anos, tem até um que disse que não sabe o que vai fazer lá, mas vai!
Onde vamos parar com esse show de gente bizarra?
Que medo!!! Faltou só o Padre Dá Medo!!!
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
ELEIÇÕES 2010

Ainda não sei em quem votar, mas terei que me decidir por uma proposta, pode ser que seja um deles, ou um outro qualquer da lista de interessados no trono de Brasília. Vivemos tempos difíceis.
Ao menos hoje, diferente do tempo dos militares, ainda podemos respirar sem pedir licença, ao menos agora podemos falar sem correr tantos riscos. Vamos pensar, refletir e depois... votar!
domingo, 15 de agosto de 2010
domingo, 8 de agosto de 2010
DIA DOS PAIS

domingo, 25 de julho de 2010
É FANTÁSTICO !

sábado, 17 de julho de 2010
LEI DA PALMADA

terça-feira, 13 de julho de 2010
INVERSÃO DE VALORES

terça-feira, 6 de julho de 2010
PAIS REFÉNS
Atualmente é assim... os pais têm tanto medo das drogas, da violência do suicídio, entre outras questões que acabam concedendo tudo, ou quase, aos seus filhos. Intrigante pensar até onde estes pais pensam ou querem chegar, se é que vão chegar.
Educar um filho é muito mais do que simplesmente conceder tudo quanto eles querem, aliás dizer não é a melhor educação que se pode oferecer.
PEDIDOS DE UMA CRIANÇA (Chalita, 2001)
- Não tenham medo de ser firmes comigo. Prefiro assim. Isso faz com que eu me sinta mais seguro.
- Não me estraguem. Sei que não devo ter tudo que peço. Só estou experimentando vocês.
-Não deixem que eu- adquira maus hábitos. Dependo de vocês para saber o que é certo ou errado.
- Não me corrijam com raiva nem o façam na presença de estranhos. Aprendo muito mais se falarem com calma e em particular.
-Não me protejam das conseqüências dos meus erros. Às vezes, eupredso aprender pelo caminho mais áspero.
- Não levem muito a sério as minhas pequenas dores. Necessito delas para obter a atenção que desejo.
—Não sejam irritantes ao me corrigir; se assim fizerem, eu provavelmente farei o contrário do que pedem.
- Não façam promessas que não poderão cumprir, lembrem-se de que isso me deixará profundamente desapontado.
- Não ponham muito à prova a minha honestidade. Sou facilmente tentado a dizer mentiras.
- Não me mostrem Deus carrancudo e vingativo; isso me afastará Dele.
- Não desconversem quando faço perguntas, senão procurarei na rua as respostas que não tive em casa.
-Não me mostrem pessoas perfeitas e infalíveis. Ficarei muito chocado quando descobrir nelas algum erro.
- Não digam que não conseguem me controlar. Eu julgarei que sou mais forte que vocês.
-Não digam que meus termos são bobos, mas ajudem-me a compreendê-los.
- Não me tratem como pessoa sem personalidade. Lembrem-se de que tenho meu próprio jeito de ser.
-Não me apontem continuamente os defeitos das pessoas que me cercam. Isso criará em mim um espírito intolerante.
- Não se esqueçam de que eu gosto de experimentar as coisas por mim mesmo. Não queiram me ensinar tudo.
- Nunca desistam de ensinar o bem, mesmo que eu pareça não estar aprendendo. No futuro vocês verão em mim um fruto daquilo que plantaram.
Muito obrigado papai, mamães, por tudo o que fizeram por mim.
(Educação: A solução está no afeto, Gabriel Chalita, 2001)
quarta-feira, 23 de junho de 2010
ENSAIO SOBRE A DEPRESSÃO

Fazer um relato sobre a depressão sem contudo parecer alarmista, parece-me tarefa pouco satisfatória e difícil, pois o próprio estado em que uma pessoa se encontra durante os surtos depressivos, por assim dizer, já demonstram a sua gravidade. A depressão não é, como sugerem alguns, um estado meramente causado por fatores externos, posto que suas causas têm origem em alterações psíquicas e fatores internos em que pese alguma fragmentação emocional, onde os fatores externos funcionam tão somente como agentes desencadeantes. Partindo-se do pressuposto do conceito de saúde como o estado de bem estar bio-psico-social e não apenas a ausência de doença, vê-se logo que a depressão altera a bioquímica do organismo, corrói o psiquismo do indivíduo e retira-o de seu convívio social – prova cabal da doença instalada. Nota-se atualmente aumento considerável de pessoas apresentando quadros depressivos de certa monta, porém isso não significa aumento simples de casos, mas sim maior critério na avaliação e na classificação da patologia. As chamadas Síndromes Depressivas podem ser agrupadas, de acordo com sua sintomatologia, da seguinte forma: depressão endógena, involutiva, reativa, neurótica e sintomática. Entende-se síndrome depressiva endógena os quadros onde haja pré-disposição ou fatores hereditários eclodindo, de maneira geral, com ou sem problemas de desordem emocional ou social, com tendências à recidivas em qualquer momento da vida. As depressões involutivas acometem mais as pessoas da terceira idade na andropausa e na menopausa, onde existe a curva descendente da vida. Já as depressões reativas são ocasionadas por perdas afetivas de grande monta, ou de algo significativo. As depressões neuróticas manifestam-se de maneira mais suave, embora de certa gravidade, oriundas de tristeza profunda, fraqueza global e sentimentos de inferioridade. E, por fim, os quadros de depressão sintomática, que aparecem no decurso de alguma doença física – ou psíquica.
Encontramos os Transtornos do Humor, descritos na Classificação de Transtornos Mentais e de Comportamento da CID-10 (Classificação Internacional das Doenças), relacionando a depressão como um conjunto de sintomas observáveis clinicamente satisfazendo aos técnicos, porém pouco adiantando ao paciente encontrado exaurido no mais profundo de suas entranhas. Segundo relato de alguns pacientes, a depressão retira das pessoas a sua humanidade, transformando-as em um amontoado de sintomas ruins, indesejáveis e com sentimento de absoluta insignificância, sendo preferível a existência de uma doença física ao estado depressivo. A qualquer custo, a pessoa que apresenta um episódio recorrente de depressão quer se ver livre dele o mais rápido possível, mesmo que para isto apele para a transmutação da dor psíquica em física, numa transformação clara da dor subjetiva na dor objetiva. Falta amor, sobra autopiedade, numa demonstração constante de necessidade do afeto propiciando acalento e retomada da auto-estima, bastante rebaixada.
Ao adoecer-se fisicamente há a comprovação da existência de uma anomalia concreta, porém a doença mental causa desespero pela sua abstração, sendo a dor psíquica provavelmente a pior dentre as relatadas. Como descreve Adriano, a seu amigo Marco, “Dizer que meus dias estão contados nada significa! Assim foi sempre. E assim sempre será para todos nós. Mas a incerteza do lugar, da ocasião e do modo, incerteza que nos impede de ver distintamente esse fim para o qual avançamos inexoravelmente, diminui para mim à medida que progride minha mortal enfermidade” (Memórias de Adriano, Margherite Yourcenar), o fragmento aqui reproduzido demonstra o trato dado às enfermidades físicas, por estarem ali todo o tempo mostrando a sua cara, de maneira mais aparente (pode-se interpretar este trecho como o relato da depressão sintomática). Diferente disso, Lou Andreas-Salomé descreve em seu Hino à Morte a dor da perda, da própria vida, a seu bem amado, onde certamente habitará a dor psíquica (onde podemos associar a depressão reativa):
Talvez seja esta a angústia profunda que assombra o deprimido, demonstrando claramente a necessidade de ser amado, reconhecidamente, mesmo após a sua morte, real e simbólica, pois em vida vislumbra muito pouco do que significam seus afetos. A depressão é, de certa forma, a incapacidade de amar a si mesmo e ao outro, como se nada mais pudesse haver após a sua chegada, nem existir antes dela. A depressão leva embora tudo quanto uma pessoa mais precisa preservar em si mesma: a auto-estima, o amor próprio, tudo quanto mais admira em sua vida, a alma enquanto essência.
Com os avanços da ciência, o paciente de depressão tem hoje a seu alcance uma gama muito grande de medicamentos que o coloca em sintonia com a realidade, devolvendo-lhe a sanidade e o discernimento. A escolha é importante ao depressivo, pois o simples fato de poder voltar a escolher entre duas coisas já o torna mais próximo de sua normalidade. Juntamente com a depressão, a sensação de depender do outro torna-se evidente, pois tarefas simples se agigantam impedindo sua realização, isto provoca momentânea incapacidade de decidir até mesmo o uso de uma roupa em detrimento de outra. A sensação de impotência, aliada a de dependência, torna as pessoas mais desgastadas emocionalmente, empurrando ainda mais sua auto-estima para baixo. A sensação descrita por algumas pessoas é a de queda livre de um penhasco, onde a morte é simbolizada pela perda de controle sobre si mesmo, fragmentando e aniquilando o eu interior.
Existe atualmente uma multiplicidade de tratamentos oferecidos aos portadores de depressão, denotando-se a visão holística ao se olhar para o paciente, que vão desde as terapias químicas e psicoterapias até as alternativas pouco ortodoxas e de eficácia questionável do ponto de vista mormente científico. Apesar disso, o paciente que vê sua vida enlutada, como se todas as horas fossem noites de trevas, busca uma luz no fim do túnel que possa devolver-lhe a sanidade perdida, não obstante a mera diminuição dos sintomas apresentados já lhe seriam de grande valia. Fatualmente é necessário levar-se em consideração que todas as alternativas são válidas, muito mais o conjunto delas, pois o paciente necessita urgentemente recuperar a si mesmo dentro de seus próprios padrões de normalidade; numa visão holística em que os fatores biológicos, psicológicos, sociais e espirituais sejam preponderantes dentro do tratamento oferecido. As alternativas terapêuticas são necessárias, bem como a inserção da terapia química, visando a melhoria da química cerebral (por meio de seus neurotransmissores) e reequilibrando o aparelho psíquico, tornando a aceitação dos tratamentos mais consistente, com melhoria da qualidade de vida; lembrando sempre a importância do tratamento multiprofissional. Assim como a intervenção medicamentosa é importante a bem do funcionamento neurológico, o acompanhamento em psicoterapia se faz necessário, pois contribui na formação de um novo modelo de convivência ao paciente, que necessitará dele para as recidivas certeiras, numa espécie de mecanismo de auto-proteção desejável, contribuindo, inclusive, a evitar prováveis tentativas de suicídio.
“Eu tenciono te levar comigo; guiar-te-ei na região do eterno sofrimento. Ali, ouvindo gritos lancinantes, verás almas antigas, na amargura suplicar segunda morte em altos brados.”, relata Dante em A Divina Comédia. Há que se levar, sempre, em consideração a iminência do suicídio – segunda morte, tomando-se como primeira a psíquica – pois a falência psíquica poderá levar a tal ato, embora a casuística demonstre certo decréscimo na ocorrência em pacientes com acompanhamento medicamentoso e psicológico. Neste quesito é bom sempre evidenciar a necessidade de terapia química em qualquer nível de depressão, por mais adversas que possam ser as reações frente a seu uso, sintomas importantes podem ser aliviados sob tal intervenção, bem como as psicoterapias, ou terapias da fala.
Dentro do leque de alternativas para o tratamento, é importante o despertar das crenças do paciente deprimido, sendo observadas alterações significativas de humor quando são levadas em consideração as reais crenças, principalmente as religiosas. É para nós relevante perceber o quanto as crenças do paciente em tratamento favorecem a dispersão de sua atenção no tocante a continuidade dos cuidados, observando que algumas religiões preconizam o abandono do tratamento, principalmente os da ordem de transtornos mentais e de comportamento, atribuindo a tal disfunção fatores externos ao indivíduo, levando o paciente a uma recusa do tratamento proposto. Em tais casos a observação e a pontuação destas atitudes torna-se premente, sob pena de recidivas cada vez mais densas e difíceis de serem recuperadas. A recuperação de um paciente depende, quase que integralmente, do menor tempo que estiver imerso na intensidade de emoções e sentimentos de sofrimento.
Existe um sem número de alternativas no tratamento da depressão que vão desde os tratamentos mais ortodoxos aos mais esdrúxulos, mas é importante perceber que se está diante de uma doença e como tal de significado e seriedade muito mais complexa do que pode ser olhada por algumas pessoas menos avisadas. Em se tratando de uma doença cíclica, pode-se creditar alguma melhora eventual na condição geral do paciente a qualquer intervenção, mas é necessário critério na escolha do tratamento. A associação medicina, por meio da terapia química, e psicologia, com as chamadas terapias da fala e psicoterapias, ainda são as alternativas mais eficazes, podendo a elas serem acrescidos outros tratamentos complementares, mas não ao contrário. No tratamento da depressão, assim como em outras patologias, é necessário deixar o curandeirismo de lado e procurar profissionais habilitados e capacitados, pois eles poderão diagnosticar com precisão, adotando as melhores condutas e formas de intervenção.
(texto por mim escrito em 2004 e revisado em 2009 para discussão sobre o tema em aula na FSP - Avaré, onde sou docente)
domingo, 20 de junho de 2010
TRECHO DE LIVRO
