segunda-feira, 14 de novembro de 2011



“Segundo a mitologia grega o Quíron era filho do titã Cronos e de Fílira, uma das oceânides. Crono uniu-se a Fílira na forma de um cavalo, daí o nascimento do filho em forma de centauro. Quíron não era, como outros centauros, selvagem, muito ao contrário era justo e sábio. Apesar de ser meio irmão de Zeus, Poseidon e Hades, vivia entre os mortais em uma gruta do monte Pélion. Os conhecimentos médicos, por ser ele o sábio que era, foram transmitidos aos mortais por ele, assim como outros conhecimentos.
Além de seus conhecimentos de medicina, também era exímio conhecedor de música, era caçador, conhecia as plantas medicinais e cirurgia. Era amigo dos heróis, além de educador de muitos deles. Pode-se dizer que Quíron foi o mais antigo professor na mitologia e de mitologia grega.
Certa vez foi atingido acidentalmente por uma flecha envenenada, em uma batalha do herói Héracles. A flecha produzia feridas incuráveis, sofrendo Quíron de dores horríveis e nem mesmo seus conhecimentos de medicina conseguiam curar as suas próprias feridas. As dores e seu desespero eram tamanhos que o Quíron renunciou a sua imortalidade, conseguindo, então, morrer, escapando do sofrimento terrível.”

Este é o mito do curador ferido, aquele que cura as feridas dos outros, mas, no entanto, não consegue curar as próprias feridas. O Quíron é o arquétipo do psicólogo, conseguindo curar as feridas dos outros, sem conseguir curar as próprias dores psíquicas. Assim somos nós, psicólogos ao olhar os outros, ajudando a tantos quantos nos procuram e nem sempre conseguindo olhar e resolver nossas próprias dores.

Hoje fui assistir ao filme "O Palhaço", do Selton Mello, aliás fantástico, me fez lembrar do Quíron. Ele é uma espécie de Quíron, fazendo rir, mas esperando quem o faça rir, quem cure as suas dores e tristezas. De certa forma, "O Palhaço", pode ser interpretado como o papel do psicólogo, que faz "rir", mas que nem sempre consegue rir, necessitando de outros que o façam rir, que o façam feliz.

As relações, intensas e tensas, mostradas no filme, mostram também a necessidade de cada um de nós em buscar uma identidade própria. "Gato gosta de leite, rato gosta de queijo, e eu sou Palhaço" (frase do filme, aliás a frase do filme), com esta frase o protagonista mostra a sua verdadeira busca de si mesmo. Foi vivenciando todo o confronto com seu lado sombra, triste e sem graça, embora cômico, que o Palhaço pode engendrar uma espécie de individuação. O mergulho se passa em cada momento poético, porém triste, do filme.

A paisagem árida, retrato de seu interior, as cores pasteurizadas relatando o seu inconsciente, as idas sem vindas, relatam a viagem só de ida ao centro de seu eu. O resgate? Sai individuado, descobrindo o Palhaço, que era, sem nunca ter se dado conta de que era.

Agora vá lá ver o filme e prestigiar mais esta obra prima do cinema brasileiro com a impecável atuação do Selton e do brilhante Paulo José.

domingo, 23 de outubro de 2011

ATÉ QUANDO?






Segundo alguns dados, cerca de 60% dos acidentes de trânsito em nosso país está associado ao uso do álcool. Nas últimas semanas temos visto muitas notícias sobre mortes violentas no trânsito, mais precisamente acidentes provocados pelo uso do álcool, causando indignação a todos, mas na verdade de prático nada tem sido feito.
Procuro olhar sempre para as pessoas que passam por algum tipo de problema, mas em nosso país as famílias das vítimas sempre são subjugadas ao segundo plano. Basta ver o que se faz com quem perde um familiar por homicídio, fica na mão, mas a família do homicida recebe auxílio reclusão, só não recebe visita da comissão de direitos humanos.
O cidadão de bem perde duas vezes e ainda paga por isso. Creio que devamos instituir uma nova modalidade de arma: o álcool, me perdoem o trocadilho, posto que também é uma “arma de fogo”.
As leis em nosso país são como doenças virais, pegam ou não pegam. Algumas pessoas, abastadas, podem tomar a vacina, por assim dizer, vão tranqüilas para as suas casas dormir o sono dos justos, posto que podem pagar as altas fianças arbitradas, mesmo depois de matarem. Justos? O que há de justiça quando se tira a vida de outra pessoa, com clara intenção de matar?
Munidas de um dispositivo legal, os criminosos do álcool não permitem os testes que possam comprovar sua embriaguez, assim se eximem de qualquer prova contrária (isto está amparado pelo artigo 8º, inciso 2, alínea g, da Convenção Americana dos Direitos Humanos, da qual o Brasil é signatário; respalda o artigo 5º, LXIII, da Constituição Federal do Brasil, ninguém é obrigado a produzir prova contra si mesmo). Para quem fica a culpa então? O ônus, a pena capital, fica para a família da vítima, que não teve possibilidade de defesa.
Estamos um pouco longe de resolver esta equação, mas, como brasileiro, não desisto nunca... de esperar e acreditar. E, como dizem Deus é brasileiro, então, que Ele nos proteja. Aliás, proteja e olhe para as famílias que perdem diariamente para os acidentes de trânsito e para os embriagados da direção.

sábado, 10 de setembro de 2011

AH, QUANTO TRABALHO!!!

Tenho trabalhado bastante e nem tenho mais me dedicado aqui, ao menos umas linhas, mas nem isso tem dado.
Hoje resolvi escrever para lembrar que amanhã faz aniversário do golpe militar sofrido por nossos vizinho do Chile. Foram 16 anos de torturas, mortes, perseguições políticas, pessoas presas sem por pensarem diferente, entre outras atrocidades. 11 de setembro de 1973, Pinochet no poder, chilenos acuados, mortos torturados.
16 anos! Mais de 40.000 entre mortos, torturados, perseguidos, presos... E ainda há os que amanhã olharão apenas para os EEUU, como se os norte americanos fossem o máximo e a dor deles a maior do mundo.
Quantos foram mortos nos países invadidos pelos EEUU, em nome de sei lá o que? Isso também é tortura psicológica, isso também é necessário ser olhado.
É, amanhã, faça uma reflexão sobre o significado real de tudo isso, faça a sua reflexão!

domingo, 31 de julho de 2011

MUITO INTERESSANTE...


Recebi, de minha mãezinha querida, o texto abaixo e resolvi compartilhar para reflexão de todos nós. Acrescentando que a geração que recebeu este tipo de educação, a qual me incluo, não carregava traumas e nem a delinquência no sangue. A geração que recebeu este tipo de educação se drogava muito menos, porque droga era coisa de bandido e costumávamos nos afastar daqueles que a usavam. Respeitavam os pais, a família, os professores, a sociedade, pois aqueles que assim não agiam eram marginalizados pelos outros. Olhavamos o mundo com vontade de conquistá-lo, não de destruí-lo. Tinha-se uma educação rígida, sim, mas aprendia-se a respeitar os valores e éramos politicamente corretos também, basta olhar a diferença existente entre hoje e ontem. Poso garantir que também fomos felizes, aliás posso afirmar que fomos felizes, o que não acredito que as pessoas hoje sejam realmente felizes. Quantas são as pessoas que você conhece, com menos de 25 anos, que estão sofrendo de depressão? E as que se perderam no meio do caminho? E as que estão morrendo de overdose de prazer imediato? Avalie, reflita, repasse se achar que é importante. Saudosismos a parte, sou do tempo em que uma afronta era ir sem uniforme à escola.


Ensinamentos das MÃES DE ANTIGAMENTE:

Pra lembrar e rir. Coisas que nossas mães diziam e faziam...
Era uma forma de educar, hoje condenada pelos educadores e psicólogos, mas funcionou com a gente e por isso não saímos sequestrando a namorada, calculando a morte dos pais, ajudando bandido a sequestrar a mãe, não nos aproveitamos dos outros, não pegamos o que não é nosso, nem matamos os outros por aí, etc...

Minha mãe me ensinou a VALORIZAR UM SORRISO...
"ME RESPONDE DE NOVO E EU TE ARREBENTO OS DENTES!"

Minha mãe me ensinou a RETIDÃO.
"EU TE AJEITO NEM QUE SEJA NA PANCADA!"


Minha mãe me ensinou a DAR VALOR AO TRABALHO DOS OUTROS.
"SE VOCÊ E SEU IRMÃO QUEREM SE MATAR, VÃO PRA FORA! ACABEI DE LIMPAR A CASA!"

Minha mãe me ensinou LÓGICA E HIERARQUIA...
PORQUE EU DIGO QUE SIM E PONTO FINAL! QUEM FAZ AS REGRAS AQUI SOU EU! O DIA QUE VOCÊ TIVER A SUA CASA, VOCÊ FAZ AS SUAS."


Minha mãe me ensinou o que é MOTIVAÇÃO...
"VAI CHORAR? VAI CHORAR? PERAÍ QUE EU VOU TE DAR MOTIVO PARA CHORAR!"

Minha mãe me ensinou a CONTRADIÇÃO...
"FECHA A BOCA E COME!"

Minha mãe me ensinou sobre ANTECIPAÇÃO...
"ESPERA SÓ ATÉ SEU PAI CHEGAR EM CASA!"

Minha mãe me ensinou sobre PACIÊNCIA...
"ESPERA. QUANDO CHEGARMOS EM CASA VOCÊ VAI VER SÓ..."

Minha mãe me ensinou a ENFRENTAR OS DESAFIOS...
"OLHE PARA MIM! ME RESPONDA QUANDO EU TE FIZER UMA PERGUNTA!"

Minha mãe me ensinou sobre RACIOCÍNIO LÓGICO.....
"SE VOCÊ CAIR DESSA ÁRVORE VAI QUEBRAR O PESCOÇO E EU VOU TE DAR UMA SURRA!"

Minha mãe me ensinou sobre o REINO ANIMAL.....
"SE VOCÊ NÃO COMER ESSAS VERDURAS, OS BICHOS DA SUA BARRIGA VÃO COMER VOCÊ!"


Minha mãe me ensinou sobre GENÉTICA...
"VOCÊ É IGUALZINHO AO SEU PAI!"


Minha mãe me ensinou sobre minhas RAÍZES...
"TÁ PENSANDO QUE NASCEU DE FAMÍLIA RICA É?"


Minha mãe me ensinou sobre a SABEDORIA TRAZIDA COM A IDADE...
"QUANDO VOCÊ TIVER A MINHA IDADE, VOCÊ VAI ENTENDER."


Minha mãe me ensinou sobre JUSTIÇA...
"UM DIA VOCÊ TERÁ SEUS FILHOS, E EU ESPERO QUE ELES FAÇAM PRA VOCÊ O MESMO QUE VOCÊ FAZ PRA MIM! AÍ VOCÊ VAI VER O QUE É BOM!"


Minha mãe me ensinou sobre RELIGIÃO...
"MELHOR PEDIR A DEUS PRA QUE ESSA MANCHA SAIA DO TAPETE! SENÃO, VAI AJOELHAR NO MILHO E PEDIR POR UM MILAGRE!


Minha mãe me ensinou o BEIJO DE ESQUIMÓ...
"SE RABISCAR DE NOVO, EU ESFREGO SEU NARIZ NA PAREDE!"



Minha mãe me ensinou CONTORCIONISMO.
"OLHA SÓ ESSA ORELHA! QUE NOJO!"



Minha mãe me ensinou DETERMINAÇÃO...-.
"VAI FICAR AÍ SENTADO ATÉ COMER TODA A COMIDA!"



Minha mãe me ensinou habilidades comoVENTRÍLOQUO...
"NÃO RESMUNGUE! CALE ESSA BOCA E ME DIGA POR QUE É QUE VOCÊ FEZ ISSO?"


Minha mãe me ensinou a SER OBJETIVO...
"EU TE AJEITO NUMA PANCADA SÓ!"



Minha mãe me ensinou a ESCUTAR ...
"SE VOCÊ NÃO BAIXAR O VOLUME, EU VOU AÍ E QUEBRO ESSE RÁDIO!"



Minha mãe me ensinou a TER GOSTO PELOS ESTUDOS..
"SE EU FOR AÍ E VOCÊ NÃO TIVER TERMINADO ESSA LIÇÃO, VOCÊ JÁ SABE!..."


Minha mãe me ajudou na COORDENAÇÃO MOTORA...
"JUNTA AGORA ESSES BRINQUEDOS!! PEGA UM POR UM!!"



Minha mãe me ensinou os NÚMEROS...
"VOU CONTAR ATÉ DEZ. SE ESSE VASO NÃO APARECER VOCÊ LEVA UMA SURRA!"

quinta-feira, 28 de julho de 2011

OLHA A CABELEIRA DO ZEZÉ


Faz tempo não escrevo aqui. Fim de semestre letivo, depois férias, repouso, a seguir... preparo para o novo semestre, na 2ª estamos de volta. Nem estava pensando em escrever hoje, mas...

País doido esse nosso, e com preocupações tão esdrúxulas. Acabo de ver que na Bahia está tramitando um projeto de lei para impedir os conjuntos que tem em seu repertório letras ofensivas às mulheres, se aprovada a lei impedirá que estes grupos se apresentem em eventos oficiais.

Certamente não sou a favor de qualquer atitude que desfavoreça essa ou aquela pessoa, nem que se propague a violência, mas pra tudo tem que ter limite. Educação vem de berço, já diziam nossas avós e sinceramente não creio que alguém vá desrespeitar uma pessoa por conta de uma música.

Aliás, por falar em educação, e se proibíssemos salto alto, maquiagem, acessórios e roupas que erotizem as crianças? E se as mulheres deixassem de fazer papel de “mulher objeto” nas propagandas de cerveja?

Xiii, acabei de me lembrar dos carnavais de outrora e suas memoráveis marchinhas... Será que também serão proibidas?

“Olha a cabeleira do Zezé, será que ele é, será que ele é...”

Será que algum grupo de homossexuais também vai impedir essa marchinha?

(Cabeleira do Zezé é uma marchinha de Carnaval de João Kelly e Roberto Faissal, um dos grandes sucessos nos carnavais de tempos atrás)

domingo, 19 de junho de 2011

POLÊMICA E DROGAS






Dia destes houve, em São Paulo, uma tal “marcha pela liberdade de expressão”, forma escolhida para se propor a liberação da maconha. Mas como liberar uma droga que tanto mal faz à sociedade? Dizem os apologistas de plantão que “a maconha não faz mal” ou que “não vicia”. Argumentos frágeis diante de tantos estudos que comprovam o óbvio prejuízo que esta, além de outras drogas, trazem ao ser humano. Atendi, em minha vida profissional, muitos usuários de cocaína e crack, todos começaram com a “inocente e inofensiva” maconha. Nunca atendi um dependente químico se quer que não tivesse começado pela maconha.

O pseudo movimento pela liberdade de expressão, na verdade carrega a bandeira da liberalização do livre consumo da maconha, afirmando que poderia ser taxada e impostos recolhidos, não levando em consideração as consequências drásticas. Certamente estes impostos poderiam ser utilizados, depois, no tratamento aos problemas de saúde pública que tal ato geraria, por exemplo.

Pensemos um pouco, sobre a liberdade de expressão. Imaginemos os que não gostam de negros, ou afro-descendentes, os que não toleram homossexuais, nem relações homoafetivas, ou até mesmo os adeptos da pedofilia, todos poderiam participar da tal marcha pela liberdade de expressão sem, contudo, fazer apologia a crimes hediondos.

Atitudes como a de acreditar na “inocência” destas marchas, levam-nos a perceber a fragilidade da liberação de expressão. Aliás ninguém é livre, num estado democrático de direito, para expressar totalmente suas ideias sem esbarrar em algum dispositivo legal. Crime é crime, droga é droga.

Ainda sou do tempo em que apologia ao crime, também é crime, mas os participantes da tal passeata dizem que não se trata disso, apenas buscam liberdade para falar sobre o assunto. Discutível questão de ponto de vista, posto que podemos camuflar outros crimes em nome da liberdade de expressão.

A discussão sobre a liberalização do livre consumo da maconha é de uma fragilidade científica, moral e legal que dá até dó. Esta semana assisti a uma mesa redonda entre o diretor de cinema Fernando G. Andrade e o especialista em tratamento de dependentes químicos Ronaldo Laranjeira, comandada pela jornalista Mônica Waldvogel e percebi que os argumentos, oferecidos pelo aprendiz de cineasta, pela liberação são pífios, frágeis, sem consistência.

Está atrasada a discussão, isso sim, do que fazer para combater o uso das drogas, liberar não é a meu ver, e de muitos especialistas, a forma mais adequada.

É hora de repensar algumas formas de liberdade para não entrarmos num Estado anárquico!!!

domingo, 12 de junho de 2011

FELIZ DIA DOS NAMORADOS


Diz a lenda que...

Em Nápoles, havia uma moça muito bonita, cuja família não podia pagar o dote para ela se casar. Certa vez, a moça - ajoelhada aos pés da imagem de Santo Antônio - pediu com fé a ajuda do Santo que, milagrosamente, lhe entregou um bilhete e disse para entregá-lo a um determinado comerciante. No bilhete, ele pedia ao comerciante que desse a ela moedas de prata equivalentes ao peso do papel. O comerciante não se importou, achando que o peso daquela folhinha era insignificante. Mas, para sua surpresa, foram necessários 400 escudos da prata para que a balança atingisse o equilíbrio. Foi nesse momento que o comerciante se recordou que outrora havia prometido 400 escudos de prata ao Santo, e nunca havia cumprido a promessa. Santo Antônio, então, viera fazer a cobrança daquele modo maravilhoso. A jovem moça pôde, assim, casar-se de acordo com o costume da época e, a partir daí, Santo Antônio recebeu - entre outras atribuíções - a de "O Santo Casamenteiro".

Há os que ainda usam esta data para as tais simpatias para arrumar namorado. Se você está só e quer tentar... leia abaixo!

Comprar uma pequena imagem de Santo António. Virar o Santo Antônio de cabeça para baixo, dentro de um copo com água, dizendo que o porá de pé quando tiver arranjado namorado. (ai que maldade com o Santo!)

domingo, 5 de junho de 2011

HISTÓRIAS DA VIDA


Dia destes alguém me abordou com uma questão interessante, resolvi comentar por aqui, assim a conversa não se perde e outros poderão refletir.

Relacionamento afetivo é sempre muito difícil de discutir, nem sempre as pessoas estão preparadas para ouvir respostas, mas querem ouvir o que querem ouvir. A questão levantada era sobre o passado da outra parte do relacionamento. Dizia minha interpeladora sobre a vida pregressa de seu atual boy friend, segunda ela havia a possibilidade dele ter se relacionado com homem. Não vou entrar em mais detalhes, não gostaria de constranger ninguém, mas vamos pensar em algumas questões. Ah, ele nega!

A primeira questão é sobre a desconfiança. Relacionamento em que não há confiança, não há relacionamento verdadeiro. Se há necessidade de “vasculhar” a vida do outro para saber o que houve no passado, além daquilo que é dito, não há confiança. Também não quero aqui fazer apologia à confiança ampla, geral e irrestrita, mas confiar é confiar.

Outro fator me parece importante pensar das relações em geral. Há mesmo a necessidade de expor tudo quanto se passou anteriormente? Questionável isso! Acredito que cada um de nós tenha o direito a reservar fatos de sua história, sem querer abrir para quem quer que seja. Alguns poderão dizer, do caso específico, que ele não quer contar por envergonhar-se de seu passado, como me disse a interlocutora, ávida de um julgamento.

Não acredito desta forma. Creio, isso sim, na possibilidade de o outro não querer ser julgado. Na possibilidade de ser o fato em questão verdadeiro, qual o problema em ter tido ele relações com outro homem? Alguém por acaso fica preocupado quanto a relações anteriores se forem hetero? A sexualidade de cada um só diz respeito ao próprio indivíduo, desde que, obviamente, não se tenha nenhum comportamento promíscuo.

Por falar em promiscuidade, parece que há uma regra que toda relação não heterossexual (homo ou bissexual) seja promíscua. Quantos heterossexuais você, meu leitor, conhece que saem com tantos quantos aparecerem? Então a tal questão passa a ser preconceituosa.

Outro fato me ocorre, a necessidade que algumas pessoas têm de saber sobre a conduta sexual do outro, obviamente se este outro for presumivelmente homossexual. Será mesmo preciso revelar a sexualidade para se ter amizade? Será mesmo preciso revelar detalhes do passado para se relacionar?

A história de um relacionamento começa no momento do encontro, na primeira troca de olhares, a vida que cada um teve antes disso é a construção necessária para se chegar no relacionamento atual. Cada um vai revelando aquilo que acha importante. Se alguém não está preparado para ouvir, então é bom não perguntar.

Há uma questão importante que é o respeito ao outro, respeito ao ser que cada um de nós carrega e é. Lembra do telhado de vidro? Pois é, todo mundo tem ao menos uma telha de vidro em seu telhado, então não dá para jogar pedra no telhado do outro.

Abaixo vai a Ciranda da bailarina, do Chico Buarque, só para lembrar que todo mundo quer ser bailarina...

Procurando bem
Todo mundo tem pereba
Marca de bexiga ou vacina
E tem piriri, tem lombriga, tem ameba
Só a bailarina que não tem
E não tem coceira
Verruga nem frieira
Nem falta de maneira
Ela não tem

Futucando bem
Todo mundo tem piolho
Ou tem cheiro de creolina
Todo mundo tem um irmão meio zarolho
Só a bailarina que não tem
Nem unha encardida
Nem dente com comida
Nem casca de ferida
Ela não tem

Não livra ninguém
Todo mundo tem remela
Quando acorda as seis da matina
Teve escarlatina
Ou tem febre amarela
Só a bailarina que não tem
Medo de subir, gente
Medo de cair, gente
Medo de vertigem
Quem não tem

Confessando bem
Todo mundo faz pecado
Logo assim que a missa termina
Todo mundo tem um primeiro namorado
Só a bailarina que não tem
Sujo atrás da orelha
Bigode de groselha
Calcinha um pouco velha
Ela não tem

O padre também
Pode até ficar vermelho
Se o vento levanta a batina
Reparando bem, todo mundo tem pentelho*
Só a bailarina que não tem
Sala sem mobília
Goteira na vasilha
Problema na família
Quem não tem

Procurando bem
Todo mundo tem...

sexta-feira, 13 de maio de 2011

ABAIXO OS LIVRO DE GRAMÁTICA


Tio Abdul* tem razão quando afirma que é o fim dos tempos, e a maior contribuição agora é do Ministério da Educação e Cultura, aprovando um livro para ser usado nas escolas em que defende a não necessidade do uso de algumas regras gramaticais. Sob a égide do uso adequado e inadequado na maneira como as pessoas usam a língua, coloca em circulação o livro “Por uma vida melhor” a ser distribuído nas escolas públicas.

Agora vale tudo, quero dizer, vale falar sem a menor preocupação com as regras gramaticais, posto que há uma crença entre alguns maus intérpretes do construtivismo ao afirmarem que aprende-se de qualquer jeito e depois aprende-se o correto, neste caso o adequado. “Laissez faire, laissez aller, laissez passer**”, ou simplesmente laisser faire, dando força a uma espécie de liberalismo onde vale o salve-se quem puder.

Em nosso país ser culto, erudito, ou apenas saber expressar-se passa a ser distante dos ideais reformistas de alguns poucos. Ao invés de ensinar o correto, opta-se pelo comum, chulu, alheio a qualquer regra. Para que servem as regras? A autora do livro, Heloisa Ramos disse, em uma entrevista mostrada em rede nacional, que defende o ensino plural, mas o “plural” não é respeitado em seu livro – desculpem-me o trocadilho. Em seu livro a autora diz que nossa língua admite, por exemplo, a colocação “os livro”, mas adverte que em algumas situações a pessoa pode sofrer preconceito linguistico.

Se estamos falando de adequado e inadequado, não seria melhor ensinar desde logo o adequado? Penso que em breve estaremos questionando se é mesmo necessário alfabetizar alguém...

No mundo de hoje em que os pais estão cada vez mais sem conseguir ensinar regras, agora mandam seus filhos para a escola e lá também não se aprendem mais regras, nem mesmo as gramaticais.

* Personagem da novela O Clone vivido por Sebastião Vasconcelos

** Termo francês muito utilizado, significando: deixe fazer, deixe ir, deixe passar

segunda-feira, 2 de maio de 2011

LER E PENSAR




Céu e Inferno

Cante uma canção para mim, você é um cantor

Faça-me uma maldade, você é um servidor do mal

O Demônio nunca é um criador

A menos que você conceda, você é um comprador

Então isto continua sem parar, é o Céu e o Inferno

Pois é

O amante da vida não é um pecador

O fim é apenas o começo

Quanto mais perto você chegar do significado

Mais cedo você saberá que você está sonhando

Então isto segue adiante, sem parar, sem parar

Sem parar, sem parar, o Céu e o Inferno

Eu posso dizer,

tolo, idiota!

Se isto parece ser real, é ilusão

Para cada momento da verdade, há confusão na vida

O amor pode ser visto como a resposta, mas ninguém sangra pelo dançarino

E assim segue, Sem parar, sem parar....

Eles dizem que a vida é um carrossel

Girando velozmente, você tem que saber montá-la

O mundo está cheio de Reis e Rainhas

Que cegam os seus olhos e roubam os seus sonhos

É o Céu e o Inferno, oh pois é

E eles irão te dizer que o preto é realmente branco

A lua é apenas o sol à noite

E quando você entra em salões de ouro

Você consegue segurar o ouro que cai

É o Céu e o Inferno, oh não!

Tolo, idiota!

Você tem que sangrar pelo dançarino

Tolo, idiota!

Procure a resposta

Tolo, tolo, idiota!

(tradução da letra Heaven and Hell de Ronnie James Dio, músico e vocalista do Black Sabbath, banda de Heavy Metal do final dos anos 60)

quarta-feira, 27 de abril de 2011

PARA ONDE VAMOS?




Nossa primeira atitude é, sempre, a de julgar o outro em seus feitos. Difícil não julgar uma mulher, mãe, que coloca um filho em uma caçamba de entulhos. A criança naquele momento era seu entulho, como todo o restante que se vai à caçamba.
Fato é, que aquela mulher não se deu conta de seu ato, desde a concepção daquela criança. Fato é, que tantas outras pessoas são abandonadas, simbólica e literalmente, por todos.
A atitude daquela mulher é a atitude desesperada de alguém que está além dos limites, até mesmo do imaginário. Perdeu o contato com a realidade.
Falta, em nosso país, política séria de saúde mental. "Artigo de luxo" é encontrar médico com especialidade em psiquiatria na rede pública, como também são os psicólogos, figuras ainda distantes da saúde pública.
Faltam médicos, mostram algumas reportagens de sempre, mas sempre vão faltar, posto que nossas universidades não formam profissionais para o serviço público. Faltam vagas para psicólogos na rede pública, embora sobrem problemas nos quais a intervenção psicológica pudesse resolver.
Aquela vil mulher dispensou em uma caçamba o "bebê entulho" que atravancava seu caminho, escancarando a ferida da saúde pública que ainda dá passos tímidos rumo ao acompanhamento e aconselhamento.

domingo, 10 de abril de 2011

CONSTERNAÇÃO






Mais uma vez, consternados pelos acontecimentos da última semana, procuramos respostas para o ocorrido. Mas não há resposta, ou quem sabe investigação que possa dar conta de justificar a atrocidade do ato praticado.
As explicações versam sobre algum tipo de patologia, quem sabe um transtorno mais grave, que acometeu o autor do ato devastador de vidas. A atitude do rapaz, assassino, depois suicida nos leva à reflexão do quando isso tudo começa, sem querer buscar culpados, mas responsáveis, isso sim. O caso do Rio de Janeiro não é isolado, há centenas de outros, de menor poder ofensivo, porém também violentos.
Afirmo sempre que a responsabilidade inicial é da família, posto que é a primeira organização psicossocial a que todo indivíduo faz parte. No seio da família, em que pese a falta de amor, afeto, relações saudáveis, posto que em alguns casos sobre agressividade, hostilidade, autoritarismo, indulgência, a formação do indivíduo se compromete, em alguns casos de maneira irreversível. Sobram pais que atendem solicitações e pedidos, mas faltam os que atendem demandas, pois demandas são reais, internas, afetivas, negligenciando limites e regras, importantes instrumentos de aprendizado de conduta e cidadania.
Isto posto, as crianças saem do seio, sem entrar na discussão se este seio é bom ou mau, da família indo direto para a escola. A entidade escolar diz que seu papel é a educação acadêmica, fazendo, muitas vezes, vistas grossas para aquilo que fica estampado nas relações. A prioridade é ensinar matemática, português e toda a sorte de conhecimento, excetuando-se o conhecimento da cidadania. Menos ainda, faltam, às entidades escolares, o olhar verdadeiro de quem convive e participa de relações sociais de escolha.
Voltando aos momentos de discussão social, em torno da tragédia da vida real, o momento é de questionar as responsabilidades, não simplesmente buscar formas de tentar conter a violência "trancando portas". Interação entre família e escola, dentre outras agremiações sociais me parece mais sensato. Está na hora de, para não dizer que já passou dela, buscar-se soluções muito mais do que diagnósticos de um indivíduo sem estruturas que praticou uma atrocidade, mas que já morreu - graças a Deus! Penso que a esta altura o diagnóstico dele é dispensável.
É preciso agora cuidar bem, aliás muito bem, das crianças que assistiram a tudo, sem esquecer de olhar para todos os outros indivíduos que freqüentam a sociedade como um todo, sem isenção de responsabilidades. Olhar para outras formas de violência que purulam pela rede mundial de computadores, como demonstração de agressão mútua que se tornam uma espécie de prêmio para crianças e adolescentes sem limites, filhos de pais negligentes, estudantes de escolas isentas e insensíveis.
Ouvi estes dias uma enquete sobre "a escola é um lugar seguro?". Isso me parece muito menos importante do que o olhar do professor para seus alunos que, demonstram seus problemas em sala de aula, mas não são vistos, nem enxergados, tampouco escutados. É preciso uma certa mobilização para "auscultarmos" o significado da chacina da última semana, certamente simboliza o retrato da insensibilidade do praticante e de toda a sociedade a sua volta.
Uns aparecem diante das câmeras dizendo "era um rapaz quieto", outros "um tipo estranho", outros ainda afirmam "era muito introvertido e não se relacionava com os outros". Fato: ninguém fez nada para entender, ajudar, e até evitar a tragédia quase anunciada. Em alguns casos, para não dizer na maioria, é mais fácil "despachar" o problema do que observar e dar um encaminhamento a ele.
Responsabilidade. Acredito que a responsabilidade pelo ocorrido é uma junção de fatos e fatores representativos de toda a sociedade, necessitando que cada um de nós exerça o seu papel, assumindo a sua parcela de responsabilidade. A inversão de valores está aí, diante de nós e o que fazemos?
Pais ameaçados por filhos rebeldes, reféns de sua má conduta como pais. Escolas perdidas em seu papel educativo, que refletem uma sociedade à beira do colapso. Assim, vamos transferindo a responsabilidade, até o próximo evento trágico a nos chamar a atenção.
A aparente busca por entender qual era a patologia ou transtorno do tal sujeito, parece-me uma forma bem interessante de nos eximirmos de nossa responsabilidade afirmando assim: Ah, sim ele era sei lá o que!

sábado, 2 de abril de 2011

NOVIDADE NA TV...







Novidades em breve... Aguardem!!! Todos vão gostar, vão aprender, vão se inspirar... quem sabe se tratar.

quarta-feira, 23 de março de 2011


Desapareceu hoje a atriz Elizabeth Taylor, mas o Mito Liz continuará vivo, pois os mitos nunca morrem. Eternizada no papel de Cleópatra (1963), Liz sempre estará viva em nossa memória. Sua beleza, marcou toda uma geração de homens e mulheres. Um mito é uma espécie de autoridade sobre seus postulados, tal qual Liz fora em toda a sua vida de beleza e cercada de mistérios em seu ar de Cleópatra ela, Liz, deu vida a uma das mulheres mais controvérsas da história da humanidade.
Sua Cleópatra, incotestavelmente sedutora, deu vida à personagem e origem ao próprio mito. Mito, mito que jamais será superado ou esquecido, posto que os mitos não se apagam, pois habitam o inconsciente coletivo numa mescla entre verdadeiro e irreal. Os mitos são recobertos de intencionalidade e simbolismo, mas sempre correspondem e atendem as projeções do coletivo.

sexta-feira, 11 de março de 2011

SOLIDARIEDADE








Aprendi com uma amiga professora de origami (arte oriental de dobraduras de papel) que um "Tsuru", uma espécie de cegonha, pode ser oferecido em sinal de sorte, saúde, bons fluídos...

O Japão sofreu nas últimas horas um grande abalo sísmico (tremor de terra), que provocou um tsunami (onda gigante) devastando muitos lugares naquele país, além de ceifar a vida de muitas pessoas.

Em sinal de solidariedade, ofereço este Tsuru, desejando bons fluidos e recuperação para todos por lá.

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terça-feira, 8 de março de 2011

DIA INTERNACIONAL DA MULHER




No Dia 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos, situada na cidade norte americana de Nova Iorque, fizeram uma grande greve. Ocuparam a fábrica e começaram a reivindicar melhores condições de trabalho, tais como, redução na carga diária de trabalho para dez horas (as fábricas exigiam 16 horas de trabalho diário), equiparação de salários com os homens (as mulheres chegavam a receber até um terço do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho) e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho.

A manifestação foi reprimida com total violência. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas, num ato totalmente desumano.

Porém, somente no ano de 1910, durante uma conferência na Dinamarca, ficou decidido que o 8 de março passaria a ser o "Dia Internacional da Mulher", em homenagem as mulheres que morreram na fábrica em 1857. Mas somente no ano de 1975, através de um decreto, a data foi oficializada pela ONU (Organização das Nações Unidas).

Assim, só posso desejar a todas as mulheres um Feliz Dia da Mulher, pois como disse Simone de Beauvoir "Ninguém nasce mulher: torna-se mulher."

Pensem nisso!!!



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segunda-feira, 7 de março de 2011

domingo, 6 de março de 2011

TRADIÇÃO X COMÉRCIO


Definitivamente a indústria e o comércio, no afã de ganhar mais dinheiro, decidiram deliberadamente acabar com as tradições gerando, além dos esperados lucros, grande ansiedade. As pessoas já não querem esperar mais pelas datas corretas estabelecidas, isso leva a uma espécie de caos emocional. Ansiedade, mais do que os lucros, gera-se ansiedade.
Há pelo menos 15 dias vejo ovos de Páscoa pendurados no supermercado, crianças afoitas escolhendo o seu. Pequenos ansiosos, intolerantes a frustração, educados por seus pais e pela sociedade consumista a não esperarem o momento certo das coisas.
Assim, a tradição de dar ovos de Páscoa celebrando a vida vai caindo por terra. A tradição francesa, que substituiu os ovos de aves pintados no século XVIII por ovos de chocolate, mas com o mesmo intuito adotado pelos católicos no ano de 325, celebrando a ressureição de Jesus... transformou-se apenas em comércio.
As datas vêm sendo tão antecipadas que muito em breve será comum encontrarmos ovos por todo o ano, panetones também.
E assim, de antecipação em antecipação, as tradições e fantasias, tão importantes para o desenvolvimento do ser humano vão dando espaço aos números nas contas do comércio e da indústria. Triste isso!

sábado, 5 de março de 2011

CARNAVAL


Alegria, folia, diversão... este é o espírito do carnaval. A festa tem perdido um tanto de seu lado tradicional, de sua característica principal, mas ainda é carnaval. Há os que gostam, divirtam-se, há os que não gostam, divirtam-se também.
Toda diversão é bem vinda, desde que se saiba aproveitar. Ser feliz também faz parte da vida, "ora pois".
Vou aproveitar o feriadão de carnaval prá escrever, quem sabe ainda participo do concurso literário aqui de Botucatu em abril!!!
Apenas escrevo para partilhar idéias.


quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

É PROIBIDO PROIBIR !!!


É bastante interessante esta história da Lei Antifumo e, mais ainda, de tudo quanto se tem feito contra os fumantes. Parto da reflexão que ninguém se torna dependente químico por vontade própria, ou seja, o fumante é um dependente químico. Reflito também que o fumante compra um produto, paga por ele, inclusive os impostos, altos, aí não pode ter o prazer de fumar o seu cigarrinho. Vivemos a época da inclusão e... excluímos pessoas que pagam.
Concordo que o cheiro do cigarro seja ruim para quem não fuma, também não fumo, nem gosto do cheiro do cigarro, mas o direito de alguns se sobrepõe ao direito de outros. Será que alguém consegue olhar para o fumante como um dependente químico e, como tal, com tantas dificuldades de abandonar o seu vício, a sua dependência? Fico olhando pessoas fumando nas beiras de calçadas, nos cantos escondidos, como se estivessem praticando um crime lícito. Crime, pois fumar em alguns lugares agora é contra a lei, e lícito, pela obviedade de que se compra em qualquer lugar (nossa lei não é original, em 2003 isto começou em Nova Iorque).
Porque não proibir então a venda do produto? Qual a lógica em arrecadar impostos por um lado e proibir o seu uso por outro? Não entendo esta lógica, ainda não consegui entender esta lei.
Nos últimos dias li em algum lugar que agora em alguns locais abertos também não será permitido fumar! É no mínimo curioso, principalmente quando entendo a dependência química como uma doença, então a proibição ao fumante fica ainda mais bizarra.
Temos que tomar cuidado, pois o cidadão compra, paga o imposto e não pode usar. Isso pode acontecer com outras coisas e, de proibição em proibição vamos excluindo, em plena inclusão, ao invés de conscientizar e tratar, embora haja tratamento, mas discriminar não é tratamento. Aliás, inclusão é para incluir todos e tratar todos como iguais, apesar das desigualdades. Acho que é isso! Ninguém pode ser tratado como cidadão de segunda classe, nem jogado a margem.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011


Se você acha que a coisa está ruim, lembre-se se você se esforçar, pode piorar. Sempre afirmo que na vida tudo é uma questão de escolha, e sempre podemos escolher o melhor, basta querer. Se você é daqueles que acredita em sorte, ou azar, lembre-se: a vida é uma sucessão de fatos, as emoções somos nós que depositamos. Faça a sua parte, melhore a cada dia, a vida pode ser muito melhor!!!

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

FDP


É incrível a capacidade que algumas pessoas têm de tirar proveito de tudo! Ontem foram presos alguns elementos, no Rio de Janeiro, roubando doações feitas às vítimas da tragédia pela qual passa a população carioca. Chega a ser absolutamente despresível, além de desumano. Como é que um indivíduo, em meio a tanta tragédia consegue, junto com mais outros comparsas, pensar numa coisa destas nesta hora?