terça-feira, 13 de julho de 2010

INVERSÃO DE VALORES

Valores! Definitivamente os valores estão completamente invertidos, uma pena. Recentemente fomos surpreendidos com as notícias do chamado "Caso Bruno", que na verdade mais parece enredo de um filme de gangsters. Ele, o tal Bruno, chefe de uma quadrilha de psicopatas, disse, segundo um "di menor" que acompanhou tudo, que era para dar um jeito na mulher que afirmava ter um filho dele.
Tudo errado!
Não o crime em si, mas os valores envolvidos, sempre me fazem refletir nas responsabilidades.
Basta ver a quantidade de mocinhas que acompanha os treinos de futebol, a procura de um jogador que dê atenção à elas e, quem sabe, tenha um relacionamento fortuito, preferencialmente gerando um filho. As chamadas "Marias Chuteiras", buscando ganhar a vida de maneira fácil, com pouca diferença da tida como a mais antiga profissão do mundo (sem falar nas modelos manequins, que desfilam pelas sarjetas). Não são diferentes da quantidade de garotos que buscam nas carreiras de futebol um lugar ao sol, com muita grana, fama, carrões, entre outras coisas que o futebol pode proporcionar.
Fico imaginando como fica a cabeça de alguém, sem preparo como a maioria, que em um dia não tem o que comer, no outro ganha tanto dinheiro que acredita que pode tudo. Os valores se invertem.
Esta história com requintes de crueldade é apenas a mostra de outras tantas que podem surgir, mas que aplaudimos e acreditamos que foi episódio único. Pais responsáveis em certa medida por isso, pois incentivam seus filhos aos ganhos fáceis pela já ultrapassada "Lei de Gérson" - leve vantagem você também. Muitos querem ser, mas a maioria quer apenas ter, é a sociedade do você vale pelo que você tem.
O dinheiro, para algumas pessoas, pode comprar tudo. O tal Bruno não é diferente do pagodeiro que também matou, estava bêbado, o outro se envolveu com o tráfico, o cantor sertanejo também matou. Pessoas desestruturadas que ganharam dinheiro, fama e acreditaram que podiam tudo.
O Bruno, criminoso da vez, nos faz esquecer da Richtofen, do Nardoni, pois achamos que já tinhamos visto toda a crueldade de filhos desestruturados. Mas não, o Bruno vem nos mostrar que ainda estamos caminhando a largos passos.
Quantos psicopatas soltos por aí, sem que identifiquemos com antecedência, para evitar que cometam estes desatinos.
É hora de pararmos e analisarmos as nossas responsabilidades na valorização de pessoas sem estruturas só porque cantam ou jogam bola. Acredito que seja hora de percebermos que os valores estão cada vez mais invertidos e estamos reféns destes psicopatas.
Matou, escarneou, deu para os cachorros. Triste alerta este.