quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

É PROIBIDO PROIBIR !!!


É bastante interessante esta história da Lei Antifumo e, mais ainda, de tudo quanto se tem feito contra os fumantes. Parto da reflexão que ninguém se torna dependente químico por vontade própria, ou seja, o fumante é um dependente químico. Reflito também que o fumante compra um produto, paga por ele, inclusive os impostos, altos, aí não pode ter o prazer de fumar o seu cigarrinho. Vivemos a época da inclusão e... excluímos pessoas que pagam.
Concordo que o cheiro do cigarro seja ruim para quem não fuma, também não fumo, nem gosto do cheiro do cigarro, mas o direito de alguns se sobrepõe ao direito de outros. Será que alguém consegue olhar para o fumante como um dependente químico e, como tal, com tantas dificuldades de abandonar o seu vício, a sua dependência? Fico olhando pessoas fumando nas beiras de calçadas, nos cantos escondidos, como se estivessem praticando um crime lícito. Crime, pois fumar em alguns lugares agora é contra a lei, e lícito, pela obviedade de que se compra em qualquer lugar (nossa lei não é original, em 2003 isto começou em Nova Iorque).
Porque não proibir então a venda do produto? Qual a lógica em arrecadar impostos por um lado e proibir o seu uso por outro? Não entendo esta lógica, ainda não consegui entender esta lei.
Nos últimos dias li em algum lugar que agora em alguns locais abertos também não será permitido fumar! É no mínimo curioso, principalmente quando entendo a dependência química como uma doença, então a proibição ao fumante fica ainda mais bizarra.
Temos que tomar cuidado, pois o cidadão compra, paga o imposto e não pode usar. Isso pode acontecer com outras coisas e, de proibição em proibição vamos excluindo, em plena inclusão, ao invés de conscientizar e tratar, embora haja tratamento, mas discriminar não é tratamento. Aliás, inclusão é para incluir todos e tratar todos como iguais, apesar das desigualdades. Acho que é isso! Ninguém pode ser tratado como cidadão de segunda classe, nem jogado a margem.