quarta-feira, 8 de setembro de 2010

UM POUCO DE PSICOLOGIA E RELIGIÃO




Certa feita uma aluna me perguntou se eu tinha religião. Segundo ela, psicólogo não tem religião! Dia destes me peguei a ler alguns textos, passagens de escritores profundos, algumas escrituras sagradas que evocam o sacrário de cada um de nós. Busco sempre explicações plausíveis para a falta de sensibilidade e conhecimento de alguns.

Sei dizer que esta discussão entre religião e psicologia se faz presente desde sempre, e desde sempre busca uma resposta. Tenho a minha. Penso nas duas como complementares ao ser humano, posto que complementam o ser humano. O ser, este nunca pensado, pois onde se pensa é exatamente onde não é, este é o ser da psicologia.

Feito essência se faz ser psíquico, mas feito alma se faz ser religioso. Aquilo que a religião olha é o ser em sua integralidade, porém a psicologia o olha em sua parcialidade dos recônditos do psiquismo, do inconsciente. Inconsciente é o depósito de tudo quanto somos sem saber, sendo lá a infinitude de ser, mesmo sem saber.

Psicologia e religião se religam entre alma e essência, entre consciência e inconsciência. A exatidão de tudo, se formos tudo, nos mostrará o tecer das bainhas de nossas vidas costuradas a outras bainhas, pois só é o que não somos.

Ao consultarmos algumas passagens bíblicas constamos o óbvio: muitos princípios utilizados pela psicologia lá estão. Quem tem bom senso reterá as palavras até o momento oportuno, dito assim no livro do Eclesiástico, nos mostra a clareza de termos a alma elevada e atenta. Se temos êxito na busca ponderada, isto nos mostrará o verdadeiro equilíbrio existente sob a luz daqueles que pensam antes de agir, sendo este um conceito da psicologia.

Jung afirmava que “cada vida é um desencadeamento psíquico que não se pode dominar a não ser parcialmente”.

Psicólogo tem religião, sim. O que psicólogo não deve, isso sim, julgar a religião do outro que o procura, atendo-se tão somente a contribuir em suas reflexões acerca do estado espiritual de cada indivíduo feito paciente. Isto posto, mostra um tanto que ambas as esferas do arcabouço do ser humano podem, e devem absolutamente, caminharem lado a lado, sem se perderem em instâncias subalternas.

Nas esquinas da humanidade existem confluências e cruzamentos de conduções e convenções necessárias, mesmo sendo desnecessárias nalguns momentos, como a terceira perna de Clarice Lispector. Voltar a ser alguém que nunca fomos, posto que a ausência inútil de uma terceira perna nos faz encontráveis nos desencontros.

Não vacilarei, de geração em geração não serei infeliz (Salmos 10, 6). Ao buscarmos a noção exata daquilo que somos, nossa única forma de ser, será o encontro do estado de felicidade, basta dispor das terceiras pernas existentes em nossas vidas. Inúteis, embora necessárias ao aprendermos andar sobre duas pernas. Temos duas pernas, desejamos ser felizes.

Psicologia e religião, complementos visando o melhor do ser humano.

Um comentário:

  1. May anjinho disse...

    Gostei do texto
    Mais não esta bem explicado eu li e vc não falo se tinha religião!?
    Eu sou evangelica assim não tenho nada contra quem não tem religião acho que para acretitar em Deus não precisamos de religião basta acreditar! nele, mais assim eu gosto de ver muito mensagens subliminares!! muitos não acredita em demonios essa coisas vc acredita? Eu tambem acredito em vida a pos a morte mesmo sento evangelica,mais vivo pasicamente no mundo do que na reliogiosidade! bem so tenho 13 anos.
    Te pergunto !! mesmo vc sendo psicólogo VC ACREDITA NO QUE VAI ACONTECER EM 21 DE DEZEMBRO DE 2012 ??!! PASICAMENTE EU NÃO ACREDITO QUE O MUNDO CHEGE AO FIM !MAIS JA SONHEI DUAS VEZES COMO O MUNDO VAI SE ACABAR É BEM OoO ta bom acho que ja falei de mais iiii OTIMO SEU BLOG!! ADOREI POSTA MAIS COISAS AII disculpa aii se tiver algum erro é q estava com presa e sim meu sonho é ter uma consulta com o psicólogo queria saber como é !!

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