domingo, 29 de agosto de 2010

MORRE LENTAMENTE...



(Pablo Neruda 1904-1973)

"Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não encontra graça em si mesmo.

Morre lentamente quem destrói seu amor próprio, quem não se deixa ajudar.

Morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito, repetindo todos os dias os mesmos trajetos; quem não muda de marca, não se arrisca a vestir uma nova cor, ou não conversa com alguém que não conhece.

Morre lentamente quem evita uma paixão e seu redemoinho de emoções, justamente as que resgatam o brilho dos olhos, os corações aos tropeços.

Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz com seu trabalho, ou amor; quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho; quem não se permite pelo menos uma vez na vida fugir dos conselhos sensatos.

Viva hoje! Arrisque hoje! Faça hoje!

Não se deixe morrer lentamente!

Não se esqueça de ser feliz!"

Dedico este texto a todos que se interessam em ser feliz, de verdade, de corpo e alma; aos que sofrem por amor, mas não deixam de amar; aos que buscam e arriscam, pois têm como meta encontrar e realizar.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

ALMOÇO COM AS ESTRELAS




Ontem foi dada a largada na TV e Rádios de todo o país para a propaganda eleitoral gratuita, que de gratuita não tem nada, pois muito se deixa de faturar para oferecer um verdadeiro show de coisas bizarras.

E por falar em coisas bizarras, ontem ao assistir ao dito programa me lembrei do Airton e da Lolita Rodrigues, que ao menos eram originais ao apresentarem seus artistas em seu programa.

Tinha show de variedades, tinha, tinha diversão, tinha, tinha gente sem eira nem beira, tinha... Então acho que o Horário Eleitoral Gratuito é uma espécie de fashback do Almoço com as Estrelas.

Ontem teve show de variedades, teve diversão – muita, gente sem eira nem beira, aos montes. Só não foi engraçado por serem candidatos a cargos que irão dirigir nosso país nos próximos anos, tem até um que disse que não sabe o que vai fazer lá, mas vai!

Onde vamos parar com esse show de gente bizarra?

Que medo!!! Faltou só o Padre Dá Medo!!!


segunda-feira, 16 de agosto de 2010

ELEIÇÕES 2010














Amanhã, 17 de agosto, começa o horário político na TV e no Rádio. Durante mais de um mês teremos que ouvir as mesmas pataquadas de sempre e acreditar que eles realmente são sinceros, é interessante.
De um lado o cover do Cauby Peixoto, do outro o Mr. Burns. Mas vamos ter que engolir um dos dois depois de outubro, pelo que tudo indica um deles será eleito. A nós, caberá acreditar nas propostas deles e de outros, menos expressivos.
Ainda não sei em quem votar, mas terei que me decidir por uma proposta, pode ser que seja um deles, ou um outro qualquer da lista de interessados no trono de Brasília. Vivemos tempos difíceis.
Ao menos hoje, diferente do tempo dos militares, ainda podemos respirar sem pedir licença, ao menos agora podemos falar sem correr tantos riscos. Vamos pensar, refletir e depois... votar!

domingo, 8 de agosto de 2010

DIA DOS PAIS

Um dia nos imaginamos no futuro, como seremos, o que faremos, o que teremos. Como muitos, um dia imaginei-me no futuro, como seria como pai, como seria esta fase da vida.
Claro, aconteceu: sou Pai! É um orgulho poder ser pai e sentir-se abençoado por poder exercer este papel dos mais maravilhosos que Deus nos dá, e a responsabilidade também.
Ser pai é poder acreditar que um dia seus sonhos se relizarão, e se realizam. Hoje, como há 18 anos, comemoro mais um dia dos pais, um feliz dia dos pais. Hoje, como em nenhum destes 18 anos, comemoro um dia dos pais diferente, realmente um feliz dia dos pais.
Estou São Paulo neste momento. Vim trazer meu filho para iniciar a vida, fez 18 anos, agora é a sua vez de ganhar o mundo. Estudar, trabalhar, amadurecer, crescer, virar homem me dar mais orgulho ainda.
É difícil ser pai, mas é uma arte também, é uma forma de provar o amor todos os dias. Dizem que hoje é muito difícil ter um filho, mas discordo disso. É difícil se não se está preparado para dizer os nãos necessários, é difícil se não se está convicto da tarefa de ajudar alguém a tornar-se um homem de verdade.
Não acredito que seja difícil ser pai. O difícil é ser pai e compreender. O difícil é ser pai e atender sem ceder, é saber a medida certa entre o atender e o ceder.
Dizem que as mães são importantes na vida de um indivíduo, até certo ponto concordo com isso. Mas não posso deixar de lado a importância de ser um pai com qualidade, com responsabilidade, com vontade de tornar um bebê, como o da foto, em um homem. A foto acima foi tirada por mim em 1992. Este é meu orgulho, filho amado, que faz com que eu possa realmente ter um Feliz Dia dos Pais. Mateus que, em algumas definições aparece como presente de Deus. Acredito totalmente nisso: é meu presente de Deus.
Obrigado, meu filho por me permitir exercer meu papel! Obrigado meu filho, por me permitir amar e ser amado! Deus nos abençoe sempre.

Feliz Dia dos Pais a todos que verdadeiramente amam seus filhos, e fazem do ato de ser pai uma profissão de fé.

domingo, 25 de julho de 2010

É FANTÁSTICO !

Estou aqui, certamente como milhares de brasileiros, assistindo ao Fantástico. Programa que encerra o final de semana de muitos de nós, brasileiros e brasileiras. No ar há décadas, o programa está se superando, em matéria de desgraça.
Há quase 2 horas nenhuma notícia minimamente agradável. Nada! Vizinhos se engalfinhando, caso de assassinato sem corpo, psicopatas soltos pela justiça continuam matando, esporte sem esportividade, atropelamento e morte de jovem, lixo da humanidade matando animais... Nossa, será que só tem desgraça no mundo?
Ufah!!!!
Bem que poderia mostrar mais sobre tecnologia, ecologia, demonstrações de paz, propostas de saúde... Algo que realmente valesse a pena assistir, para adormecermos com tranqüilidade para começarmos uma semana bacana.

sábado, 17 de julho de 2010

LEI DA PALMADA


Esta semana o presidente Lula enviou para o Congresso um projeto de lei que proíbe qualquer tipo de castigo físico, inclusive aquela palmadinha básica que coloca limite em crianças e adolescentes. Não sou conhecedor do direito, mas não creio que seja função do Estado interferir nas questões de família. Não me parece que uma lei como esta colabore na educação de nossos filhos, muito ao contrário ela interfere na educação que cada um estabelece dentro de sua família.
Todos nós, de gerações anteriores, levamos algumas palmadas quando crianças e até adolescentes, mas não conheço ninguém que tenha ficado irremediavelmente traumatizado. Deixo claro que não sou favorável à violência, nem aos maus tratos, mas um tapinha aqui e acolá podem ajudar a impor limites.
Há uma diferença entre tortura e limite, isso sim não dá para aceitar - como a tal procuradora aposentada que torturava a criança de 2 anos, apenas 8 anos para quem é um conhecedor da lei é pouco. É papel do Estado fazer cumprir a lei de forma irrevogável e correta, sem permitir que seja burlada, porém a invasão do Estado na vida das pessoas...

terça-feira, 13 de julho de 2010

INVERSÃO DE VALORES

Valores! Definitivamente os valores estão completamente invertidos, uma pena. Recentemente fomos surpreendidos com as notícias do chamado "Caso Bruno", que na verdade mais parece enredo de um filme de gangsters. Ele, o tal Bruno, chefe de uma quadrilha de psicopatas, disse, segundo um "di menor" que acompanhou tudo, que era para dar um jeito na mulher que afirmava ter um filho dele.
Tudo errado!
Não o crime em si, mas os valores envolvidos, sempre me fazem refletir nas responsabilidades.
Basta ver a quantidade de mocinhas que acompanha os treinos de futebol, a procura de um jogador que dê atenção à elas e, quem sabe, tenha um relacionamento fortuito, preferencialmente gerando um filho. As chamadas "Marias Chuteiras", buscando ganhar a vida de maneira fácil, com pouca diferença da tida como a mais antiga profissão do mundo (sem falar nas modelos manequins, que desfilam pelas sarjetas). Não são diferentes da quantidade de garotos que buscam nas carreiras de futebol um lugar ao sol, com muita grana, fama, carrões, entre outras coisas que o futebol pode proporcionar.
Fico imaginando como fica a cabeça de alguém, sem preparo como a maioria, que em um dia não tem o que comer, no outro ganha tanto dinheiro que acredita que pode tudo. Os valores se invertem.
Esta história com requintes de crueldade é apenas a mostra de outras tantas que podem surgir, mas que aplaudimos e acreditamos que foi episódio único. Pais responsáveis em certa medida por isso, pois incentivam seus filhos aos ganhos fáceis pela já ultrapassada "Lei de Gérson" - leve vantagem você também. Muitos querem ser, mas a maioria quer apenas ter, é a sociedade do você vale pelo que você tem.
O dinheiro, para algumas pessoas, pode comprar tudo. O tal Bruno não é diferente do pagodeiro que também matou, estava bêbado, o outro se envolveu com o tráfico, o cantor sertanejo também matou. Pessoas desestruturadas que ganharam dinheiro, fama e acreditaram que podiam tudo.
O Bruno, criminoso da vez, nos faz esquecer da Richtofen, do Nardoni, pois achamos que já tinhamos visto toda a crueldade de filhos desestruturados. Mas não, o Bruno vem nos mostrar que ainda estamos caminhando a largos passos.
Quantos psicopatas soltos por aí, sem que identifiquemos com antecedência, para evitar que cometam estes desatinos.
É hora de pararmos e analisarmos as nossas responsabilidades na valorização de pessoas sem estruturas só porque cantam ou jogam bola. Acredito que seja hora de percebermos que os valores estão cada vez mais invertidos e estamos reféns destes psicopatas.
Matou, escarneou, deu para os cachorros. Triste alerta este.

terça-feira, 6 de julho de 2010

PAIS REFÉNS

Atualmente é assim... os pais têm tanto medo das drogas, da violência do suicídio, entre outras questões que acabam concedendo tudo, ou quase, aos seus filhos. Intrigante pensar até onde estes pais pensam ou querem chegar, se é que vão chegar.

Educar um filho é muito mais do que simplesmente conceder tudo quanto eles querem, aliás dizer não é a melhor educação que se pode oferecer.

PEDIDOS DE UMA CRIANÇA (Chalita, 2001)

- Não tenham medo de ser firmes comigo. Prefiro assim. Isso faz com que eu me sinta mais seguro.

- Não me estraguem. Sei que não devo ter tudo que peço. Só estou experimentando vocês.

-Não deixem que eu- adquira maus hábitos. Dependo de vocês para saber o que é certo ou errado.

- Não me corrijam com raiva nem o façam na presença de estranhos. Aprendo muito mais se falarem com calma e em particular.

-Não me protejam das conseqüências dos meus erros. Às vezes, eupredso aprender pelo caminho mais áspero.

- Não levem muito a sério as minhas pequenas dores. Necessito delas para obter a atenção que desejo.

—Não sejam irritantes ao me corrigir; se assim fizerem, eu provavelmente farei o contrário do que pedem.

- Não façam promessas que não poderão cumprir, lembrem-se de que isso me deixará profundamente desapontado.

- Não ponham muito à prova a minha honestidade. Sou facilmente tentado a dizer mentiras.

- Não me mostrem Deus carrancudo e vingativo; isso me afastará Dele.

- Não desconversem quando faço perguntas, senão procurarei na rua as respostas que não tive em casa.

-Não me mostrem pessoas perfeitas e infalíveis. Ficarei muito chocado quando descobrir nelas algum erro.

- Não digam que não conseguem me controlar. Eu julgarei que sou mais forte que vocês.

-Não digam que meus termos são bobos, mas ajudem-me a compreendê-los.

- Não me tratem como pessoa sem personalidade. Lembrem-se de que tenho meu próprio jeito de ser.

-Não me apontem continuamente os defeitos das pessoas que me cercam. Isso criará em mim um espírito intolerante.

- Não se esqueçam de que eu gosto de experimentar as coisas por mim mesmo. Não queiram me ensinar tudo.

- Nunca desistam de ensinar o bem, mesmo que eu pareça não estar aprendendo. No futuro vocês verão em mim um fruto daquilo que plantaram.

Muito obrigado papai, mamães, por tudo o que fizeram por mim.

(Educação: A solução está no afeto, Gabriel Chalita, 2001)


quarta-feira, 23 de junho de 2010

ENSAIO SOBRE A DEPRESSÃO

Fazer um relato sobre a depressão sem contudo parecer alarmista, parece-me tarefa pouco satisfatória e difícil, pois o próprio estado em que uma pessoa se encontra durante os surtos depressivos, por assim dizer, já demonstram a sua gravidade. A depressão não é, como sugerem alguns, um estado meramente causado por fatores externos, posto que suas causas têm origem em alterações psíquicas e fatores internos em que pese alguma fragmentação emocional, onde os fatores externos funcionam tão somente como agentes desencadeantes. Partindo-se do pressuposto do conceito de saúde como o estado de bem estar bio-psico-social e não apenas a ausência de doença, vê-se logo que a depressão altera a bioquímica do organismo, corrói o psiquismo do indivíduo e retira-o de seu convívio social – prova cabal da doença instalada. Nota-se atualmente aumento considerável de pessoas apresentando quadros depressivos de certa monta, porém isso não significa aumento simples de casos, mas sim maior critério na avaliação e na classificação da patologia. As chamadas Síndromes Depressivas podem ser agrupadas, de acordo com sua sintomatologia, da seguinte forma: depressão endógena, involutiva, reativa, neurótica e sintomática. Entende-se síndrome depressiva endógena os quadros onde haja pré-disposição ou fatores hereditários eclodindo, de maneira geral, com ou sem problemas de desordem emocional ou social, com tendências à recidivas em qualquer momento da vida. As depressões involutivas acometem mais as pessoas da terceira idade na andropausa e na menopausa, onde existe a curva descendente da vida. Já as depressões reativas são ocasionadas por perdas afetivas de grande monta, ou de algo significativo. As depressões neuróticas manifestam-se de maneira mais suave, embora de certa gravidade, oriundas de tristeza profunda, fraqueza global e sentimentos de inferioridade. E, por fim, os quadros de depressão sintomática, que aparecem no decurso de alguma doença física – ou psíquica.

Encontramos os Transtornos do Humor, descritos na Classificação de Transtornos Mentais e de Comportamento da CID-10 (Classificação Internacional das Doenças), relacionando a depressão como um conjunto de sintomas observáveis clinicamente satisfazendo aos técnicos, porém pouco adiantando ao paciente encontrado exaurido no mais profundo de suas entranhas. Segundo relato de alguns pacientes, a depressão retira das pessoas a sua humanidade, transformando-as em um amontoado de sintomas ruins, indesejáveis e com sentimento de absoluta insignificância, sendo preferível a existência de uma doença física ao estado depressivo. A qualquer custo, a pessoa que apresenta um episódio recorrente de depressão quer se ver livre dele o mais rápido possível, mesmo que para isto apele para a transmutação da dor psíquica em física, numa transformação clara da dor subjetiva na dor objetiva. Falta amor, sobra autopiedade, numa demonstração constante de necessidade do afeto propiciando acalento e retomada da auto-estima, bastante rebaixada.

Ao adoecer-se fisicamente há a comprovação da existência de uma anomalia concreta, porém a doença mental causa desespero pela sua abstração, sendo a dor psíquica provavelmente a pior dentre as relatadas. Como descreve Adriano, a seu amigo Marco, “Dizer que meus dias estão contados nada significa! Assim foi sempre. E assim sempre será para todos nós. Mas a incerteza do lugar, da ocasião e do modo, incerteza que nos impede de ver distintamente esse fim para o qual avançamos inexoravelmente, diminui para mim à medida que progride minha mortal enfermidade” (Memórias de Adriano, Margherite Yourcenar), o fragmento aqui reproduzido demonstra o trato dado às enfermidades físicas, por estarem ali todo o tempo mostrando a sua cara, de maneira mais aparente (pode-se interpretar este trecho como o relato da depressão sintomática). Diferente disso, Lou Andreas-Salomé descreve em seu Hino à Morte a dor da perda, da própria vida, a seu bem amado, onde certamente habitará a dor psíquica (onde podemos associar a depressão reativa):

"No dia em que eu estiver no meu leito de morte
- Faísca que se apagou -,
Acaricia ainda uma vez mais meus cabelos
Com tua mão bem amada.
Antes que devolvam à terra
o que deve voltar à terra,
Pousa sobre minha boca que amaste
Ainda um beijo.

Mas não esqueças: no esquife estrangeiro
eu só repouso em aparência,
Porque em ti minha alma se refugiou
E agora sou toda tua."

Talvez seja esta a angústia profunda que assombra o deprimido, demonstrando claramente a necessidade de ser amado, reconhecidamente, mesmo após a sua morte, real e simbólica, pois em vida vislumbra muito pouco do que significam seus afetos. A depressão é, de certa forma, a incapacidade de amar a si mesmo e ao outro, como se nada mais pudesse haver após a sua chegada, nem existir antes dela. A depressão leva embora tudo quanto uma pessoa mais precisa preservar em si mesma: a auto-estima, o amor próprio, tudo quanto mais admira em sua vida, a alma enquanto essência.

Com os avanços da ciência, o paciente de depressão tem hoje a seu alcance uma gama muito grande de medicamentos que o coloca em sintonia com a realidade, devolvendo-lhe a sanidade e o discernimento. A escolha é importante ao depressivo, pois o simples fato de poder voltar a escolher entre duas coisas já o torna mais próximo de sua normalidade. Juntamente com a depressão, a sensação de depender do outro torna-se evidente, pois tarefas simples se agigantam impedindo sua realização, isto provoca momentânea incapacidade de decidir até mesmo o uso de uma roupa em detrimento de outra. A sensação de impotência, aliada a de dependência, torna as pessoas mais desgastadas emocionalmente, empurrando ainda mais sua auto-estima para baixo. A sensação descrita por algumas pessoas é a de queda livre de um penhasco, onde a morte é simbolizada pela perda de controle sobre si mesmo, fragmentando e aniquilando o eu interior.

Existe atualmente uma multiplicidade de tratamentos oferecidos aos portadores de depressão, denotando-se a visão holística ao se olhar para o paciente, que vão desde as terapias químicas e psicoterapias até as alternativas pouco ortodoxas e de eficácia questionável do ponto de vista mormente científico. Apesar disso, o paciente que vê sua vida enlutada, como se todas as horas fossem noites de trevas, busca uma luz no fim do túnel que possa devolver-lhe a sanidade perdida, não obstante a mera diminuição dos sintomas apresentados já lhe seriam de grande valia. Fatualmente é necessário levar-se em consideração que todas as alternativas são válidas, muito mais o conjunto delas, pois o paciente necessita urgentemente recuperar a si mesmo dentro de seus próprios padrões de normalidade; numa visão holística em que os fatores biológicos, psicológicos, sociais e espirituais sejam preponderantes dentro do tratamento oferecido. As alternativas terapêuticas são necessárias, bem como a inserção da terapia química, visando a melhoria da química cerebral (por meio de seus neurotransmissores) e reequilibrando o aparelho psíquico, tornando a aceitação dos tratamentos mais consistente, com melhoria da qualidade de vida; lembrando sempre a importância do tratamento multiprofissional. Assim como a intervenção medicamentosa é importante a bem do funcionamento neurológico, o acompanhamento em psicoterapia se faz necessário, pois contribui na formação de um novo modelo de convivência ao paciente, que necessitará dele para as recidivas certeiras, numa espécie de mecanismo de auto-proteção desejável, contribuindo, inclusive, a evitar prováveis tentativas de suicídio.

“Eu tenciono te levar comigo; guiar-te-ei na região do eterno sofrimento. Ali, ouvindo gritos lancinantes, verás almas antigas, na amargura suplicar segunda morte em altos brados.”, relata Dante em A Divina Comédia. Há que se levar, sempre, em consideração a iminência do suicídio – segunda morte, tomando-se como primeira a psíquica – pois a falência psíquica poderá levar a tal ato, embora a casuística demonstre certo decréscimo na ocorrência em pacientes com acompanhamento medicamentoso e psicológico. Neste quesito é bom sempre evidenciar a necessidade de terapia química em qualquer nível de depressão, por mais adversas que possam ser as reações frente a seu uso, sintomas importantes podem ser aliviados sob tal intervenção, bem como as psicoterapias, ou terapias da fala.

Dentro do leque de alternativas para o tratamento, é importante o despertar das crenças do paciente deprimido, sendo observadas alterações significativas de humor quando são levadas em consideração as reais crenças, principalmente as religiosas. É para nós relevante perceber o quanto as crenças do paciente em tratamento favorecem a dispersão de sua atenção no tocante a continuidade dos cuidados, observando que algumas religiões preconizam o abandono do tratamento, principalmente os da ordem de transtornos mentais e de comportamento, atribuindo a tal disfunção fatores externos ao indivíduo, levando o paciente a uma recusa do tratamento proposto. Em tais casos a observação e a pontuação destas atitudes torna-se premente, sob pena de recidivas cada vez mais densas e difíceis de serem recuperadas. A recuperação de um paciente depende, quase que integralmente, do menor tempo que estiver imerso na intensidade de emoções e sentimentos de sofrimento.

Existe um sem número de alternativas no tratamento da depressão que vão desde os tratamentos mais ortodoxos aos mais esdrúxulos, mas é importante perceber que se está diante de uma doença e como tal de significado e seriedade muito mais complexa do que pode ser olhada por algumas pessoas menos avisadas. Em se tratando de uma doença cíclica, pode-se creditar alguma melhora eventual na condição geral do paciente a qualquer intervenção, mas é necessário critério na escolha do tratamento. A associação medicina, por meio da terapia química, e psicologia, com as chamadas terapias da fala e psicoterapias, ainda são as alternativas mais eficazes, podendo a elas serem acrescidos outros tratamentos complementares, mas não ao contrário. No tratamento da depressão, assim como em outras patologias, é necessário deixar o curandeirismo de lado e procurar profissionais habilitados e capacitados, pois eles poderão diagnosticar com precisão, adotando as melhores condutas e formas de intervenção.

(texto por mim escrito em 2004 e revisado em 2009 para discussão sobre o tema em aula na FSP - Avaré, onde sou docente)

domingo, 20 de junho de 2010

TRECHO DE LIVRO

"Como um adulto funcional com Síndrome de Asperger, uma coisa me preocupa profundamente sobre aquelas crianças que escolheram a segunda porta. Muitas descrições do Autismo e Asperger descrevem pessoas como eu 'não querendo contato com outras pessoas' ou 'optando por brincar sozinhas'. Eu não posso falar em nome de outras crianças, mas gostaria de ser muito claro sobre meus sentimentos: Eu nunca quis ficar sozinho. E todos aqueles psicólogos infantis que disseram 'John prefere brincar sozinho' estavam completamente errados. Eu brincava sozinho porque não conseguia brincar com outras crianças. Eu estava sozinho como resultado de minhas próprias limitações, e estar sozinho foi uma das mais amargas decepções da minha vida, quando criança. A dor aguda daqueles primeiros fracassos me seguiu durante a idade adulta, mesmo depois que eu aprendi sobre Asperger."

Este depoimento, trecho do livro "Olhe nos meus olhos" - John Elder Robison - nos leva à reflexão de quantos somos discriminados pela falta de preparo do outro. Isto nos faz atentos ao fato de que muitos profissionais utilizam-se de classificações (rótulos) para diagnosticar aquilo que nem sempre sabem. Certamente remete-nos à percepção da importância de melhor formarmos nossos profissionais.
O livro trata de uma síndrome, a de Asperger, mas bem pode ser transportado para tantas outras "síndromes" mal diagnosticadas. Claro que dá visão ao fato de que existem pessoas portadoras da Síndrome de Asperger que não são diagnosticadas, fazendo toda a diferença na compreensão delas, como no caso de outras síndromes.
Nós, profissionais da saúde, precisamos ser mais bem orientados e atentos ao fato de que para diagnosticar é preciso, antes, aprofundar e conhecer nosso objeto de estudo.
Fica aqui a dica de leitura do livro de John Robison.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

BISPO PEDIR MAIS CEDO, O MAIOR CAÇA-NÍQUEIS DO PAÍS

Como se não bastasse o bombardeio diário das barbáries da tal igreja, agora inventaram mais uma modalidade: drive thru de oração! Pois é, é a nova modalidade que a dita igreja universal encontrou para "abençoar" seus fiéis e, é claro, arrecadar mais umas moedinhas para o cofrinho do bispo. Dizem que na tal paradinha a benção sai por apenas R$ 50,00, que são pedidos como contribuição para as obras de caridade do bispo Mancebo.
Sabe que tenho pena de Deus, que precisa encontrar uma forma de defender-se destes picaretas de plantão que falam, e profetizam, em Seu nome. Fico a refletir quanto se paga para a tal casa da moeda por seus fiéis desesperados para conseguir um lugarzinho no céu.
Curioso é que o que eles mais atacam, imitam. Pedem dinheiro descaradamente para tirar encostos e outras entidades, fazem rituais de descarrego... logo estarão comercializando ebós e bençãos em quiósques nos shopings mais visitados. Não tenho nada contra esta ou aquela religião, mas sim com pessoas que ludibriam a fé alheia.
Mas, para quem gosta de lavagem cerebral, tem endereço certo: igreja universal!

quarta-feira, 9 de junho de 2010

PIMBA NA GORDUCHINHA


Você gosta de futebol? Sim? Não? Não importa, pois todos somos afetados diariamente por ele, goste, ou não. Bem, agora, para quem gosta - e quem não gosta também - vai ter overdose de futebol: chegou a copa do mundo de futebol.
Para os aficcionados vai ter futebol pela manhã, pela tarde, mas ao acordar o jornal já vai estar lá, com as novidades da noite e madrugada. Mas não terá jogo de madrugada!!! Pois é, mas sempre eles arrumam informações de última hora, mesmo madrugada adentro. Na hora do almoço... mais futebol em todos os programas esportivos, e assim vivenciaremos 30 dias de copa do mundo.
Como disse, todos somos afetados pelo futebol, e o Falando Nisso não poderia ficar de fora e estaremos aproveitando para tirar as nossas férias, enquanto você poderá curtir o futebol pelas transmissões da Criativa FM (98,9) de Botucatu.
Mas fique ligado em nosso blog que vamos nos falando.

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sábado, 5 de junho de 2010

PHANTOM OF THE OPERA


No subterrâneo de nossa mente habita uma espécie de fantasma: nossa sombra. Ela pode ser o depósito de tudo quanto não queremos em nós mesmos, mas pode ser a fonte criadora e criativa de formas bem elaboradas de nós mesmos. O contato com nossa sombra, de maneira verdadeira, faz com que nos conheçamos um tanto mais, oferecendo-nos a possibilidade de nos tornarmos mais autênticos e verdadeiros. Nos tornamos mais seguros de nós mesmos, poupando-nos da crítica alheia.
Esta é minha versão, em imagem e palavra, de O Fantasma da Ópera - obra prima de Gaston Leroux, brilhantemente musicada por Andrew Lloyd Webber. Em alguns momentos nos expomos em emoção, escondendo a razão, noutros momentos, porém, prevalece a razão. Quem somos de fato? Melhor seria se fôssemos razão e emoção, numa mescla bem equilibrada, mas aí perderíamos a força que irrompe nossos seres em momentos de necessidade maior, em que há necessidade de sermos só um, ou outro.
O Fantasma da Ópera, somos nós mesmos, quando nos aprisionamos e tentamos aprisionar o outro aos nossos caprichos. Porém O Fantasma da Ópera também nos é familiar em seus amores verdadeiros e encantos sedutores e envolventes. Apaixonantes, assim devemos ser em nosso cotidiano, posto que mostrando nossa sensibilidade, nos mostramos também.
Muitos ainda tem medo de mostrar o rosto, medo de mostrar suas cicatrizes, cunhadas pela vida. A máscara pode encobrir, de maneira racional, o que emoções devem mostrar, mas há sempre o outro lado exposto, disposto a escancarar. Somos pluraridade, personas que convivem com o romantismo de nossa própria existência, cunhados consciente e inconscientemente por nós e pelo coletivo a que participamos e bebemos. Nossa versão de O Fantasma da Ópera se mostra sempre.

terça-feira, 18 de maio de 2010

VIOLÊNCIA DOMÉSTICA - principais pontos da lei Maria da Penha


1. Se aplica à violência doméstica que cause morte, lesão, sofrimento físico (violência física), sexual (violência sexual), psicológico (violência psicológica), e dano moral (violência moral) ou patrimonial (violência patrimonial);

1.1.No âmbito da unidade doméstica, onde haja o convívio de pessoas, com ou sem vínculo familiar, inclusive as esporadicamente agregadas;

1.2.No âmbito da família, formada por indivíduos que são ou se consideram aparentados, unidos por laços naturais, por afinidade ou por vontade expressa.

1.3.Em qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha convivido com a ofendida, independentemente de coabitação;

2. Se aplica também às relações homossexuais (lésbicas);

3. A ofendida não poderá entregar intimação ou notificação ao agressor;

4.Quando a agressão praticada for de pessoa estranha, como por exemplo vizinho, prestador de serviço ou médico, continuam os velhos TERMOS CIRCUNSTANCIADOS;

5. Garantir proteção policial, quando necessário, comunicando de imediato ao Ministério Público e ao Poder Judiciário;

6.Informar à ofendida os direitos a ela conferidos;

7. Feito o registro da ocorrência, deverá a autoridade, de imediato:

7.1. Ouvir a ofendida, lavrar o boletim de ocorrência e tomar arepresentação a termo, se apresentada;
7.2. Colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato;
7.3. Remeter no prazo de 48 horas expediente apartado ao juiz com o pedido da ofendida, para a concessão de medidas protetivas;
7.4. Expedir guia de exame de corpo de delito e exames periciais;
7.5. Ouvir o agressor e testemunhas;
7.6. Ordenar a identificação do agressor e juntar aos autos sua folha de antecedentes;

8. O pedido da ofendida deverá conter: qualificação da ofendida e do agressor, nome e idade dos dependentes, descrição sucinta do fato e das medidas protetivas solicitadas pela ofendida, e cópia de todos os documentos disponíveis em posse da ofendida;

segunda-feira, 3 de maio de 2010

PEQUENO PRÍNCIPE - uma obra completa para os sentimentos


"E foi então que apareceu a raposa:

- Boa dia, disse a raposa.

- Bom dia, respondeu polidamente o principezinho, que se voltou, mas não viu nada.

- Eu estou aqui, disse a voz, debaixo da macieira...

- Quem és tu? perguntou o principezinho. Tu és bem bonita...

- Sou uma raposa, disse a raposa.

- Vem brincar comigo, propôs o principezinho. Estou tão triste...

- Eu não posso brincar contigo, disse a raposa. Não me cativaram ainda.

- Ah! desculpa, disse o principezinho.

Após uma reflexão, acrescentou:

- Que quer dizer "cativar"?

- Tu não és daqui, disse a raposa. Que procuras?

- Procuro os homens, disse o principezinho. Que quer dizer "cativar"?

- Os homens, disse a raposa, têm fuzis e caçam. É bem incômodo! Criam galinhas também. É a única coisa interessante que fazem. Tu procuras galinhas?

- Não, disse o principezinho. Eu procuro amigos. Que quer dizer "cativar"?

- É uma coisa muito esquecida, disse a raposa. Significa "criar laços..."

- Criar laços?

- Exatamente, disse a raposa. Tu não és para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens também necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo...

- Começo a compreender, disse o principezinho. Existe uma flor... eu creio que ela me cativou...

- É possível, disse a raposa. Vê-se tanta coisa na Terra...

- Oh! não foi na Terra, disse o principezinho.

A raposa pareceu intrigada:

- Num outro planeta?

- Sim.

- Há caçadores nesse planeta?

- Não.

- Que bom! E galinhas?

- Também não.

- Nada é perfeito, suspirou a raposa.

Mas a raposa voltou à sua idéia.

- Minha vida é monótona. Eu caço as galinhas e os homens me caçam. Todas as galinhas se parecem e todos os homens se parecem também. E por isso eu me aborreço um pouco. Mas se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei um barulho de passos que será diferente dos outros. Os outros passos me fazem entrar debaixo da terra.

O teu me chamará para fora da toca, como se fosse música. E depois, olha! Vês, lá longe, os campos de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelos cor de ouro. Então será maravilhoso quando me tiveres cativado. O trigo, que é dourado, fará lembrar-me de ti. E eu amarei o barulho do vento no trigo...

A raposa calou-se e considerou por muito tempo o príncipe:

- Por favor... cativa-me! disse ela.

- Bem quisera, disse o principezinho, mas eu não tenho muito tempo. Tenho amigos a descobrir e muitas coisas a conhecer.

- A gente só conhece bem as coisas que cativou, disse a raposa. Os homens não têm mais tempo de conhecer alguma coisa. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu queres um amigo, cativa-me!

- Que é preciso fazer? perguntou o principezinho.

- É preciso ser paciente, respondeu a raposa. Tu te sentarás primeiro um pouco longe de mim, assim, na relva. Eu te olharei com o canto do olho e tu não dirás nada. A linguagem é uma fonte de mal-entendidos. Mas, cada dia, te sentarás mais perto...

No dia seguinte o principezinho voltou.

- Teria sido melhor voltares à mesma hora, disse a raposa. Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz. Quanto mais a hora for chegando, mais eu me sentirei feliz. Às quatro horas, então, estarei inquieta e agitada: descobrirei o preço da felicidade! Mas se tu vens a qualquer momento, nunca saberei a hora de preparar o coração... É preciso ritos."


Este é meu trecho preferido da obra de Saint-Exupéry, vale a pena ler, reler e compreender com o coração, afinal... "só se vê bem com o coração, o essencial é invisível aos olhos".

Acrescentei abaixo o mesmo trecho em francês, para quem quiser apreciar a obra no original.

"C'est alors qu'apparut le renard.
-Bonjour, dit le renard.
-Bonjour, répondit poliment le petit prince, qui se tourna mais ne vit rien.

-Je suis là, dit la voix, sous le pommier.
-Qui es-tu? dit le petit prince. Tu es bien joli…
-Je suis un renard, dit le renard.
-Viens jouer avec moi, lui proposa le petit prince. Je suis tellement triste…
-Je ne puis pas jouer avec toi, dit le renard. Je ne suis pas apprivoisé
-Ah! Pardon, fit le petit prince.
Mais après réflexion, il ajouta :
-Qu'est-ce que signifie "apprivoiser"?
-Tu n'es pas d'ici, dit le renard, que cherches-tu?
-Je cherche les hommes, dit le petit prince.Qu'est-ce que signifie "apprivoiser"?
-Les hommes, dit le renard, ils ont des fusils et ils chassent. C'est bien gênant! Il élèvent aussi des poules. C'est leur seul intérêt. Tu cherches des poules?

-Non, dit le petit prince. Je cherche des amis.Qu'est-ce que signifie "apprivoiser"?
-C'est une chose trop oubliée, dit le renard. Ca signifie "Créer des liens…"
-Créer des liens?
-Bien sûr,dit le renard. Tu n'es encore pour moi qu'un petit garçon tout semblable à cent mille petits garçons. Et je n'ai pas besoin de toi. Et tu n'a pas besoin de moi non plus. Je ne suis pour toi qu'un renard semblable à cent mille renards. Mais, si tu m'apprivoises, nous aurons besoin l'un de l'autre. Tu seras pour moi unique au monde. Je serai pour toi unique au monde…
-Je commence à comprendre, dit le petit prince. Il y a une fleur… je crois qu'elle m'a apprivoisé…
-C'est possible, dit le renard. On voit sur la Terre toutes sortes de choses…
-Oh! ce n'est pas sur la Terre, dit le petit prince. Le renard parut très intrigué :
-Sur une autre planète ?
-Oui.
-Il y a des chasseurs sur cette planète-là ?
-Non.
-Ca, c'est intéressant! Et des poules ?
-Non.
-Rien n'est parfait, soupira le renard.
Mais le renard revint à son idée :
-Ma vie est monotone. Je chasse les poules, les hommes me chassent. Toutes les poules se ressemblent, et tous les hommes se ressemblent. Je m'ennuie donc un peu. Mais si tu m'apprivoises, ma vie sera comme ensoleillée. Je connaîtrai un bruit de pas qui sera différent de tous les autres. Les autres pas me font rentrer sous terre. Le tien m'appelera hors du terrier, comme une musique. Et puis regarde! Tu vois, là-bas, les champs de blé? Je ne mange pas de pain. Le blé pour moi est inutile. Les champs de blé ne me rappellent rien. Et ça, c'est triste! Mais tu a des cheveux couleur d'or. Alors ce sera merveilleux quand tu m'aura apprivoisé! Le blé, qui est doré, me fera souvenir de toi. Et j'aimerai le bruit du vent dans le blé…
Le renard se tut et regarda longtemps le petit prince :
-S'il te plaît… apprivoise-moi! dit-il.
-Je veux bien, répondit le petit prince, mais je n'ai pas beaucoup de temps. J'ai des amis à découvrir et beaucoup de choses à connaître.
-On ne connaît que les choses que l'on apprivoise, dit le renard. Les hommes n'ont plus le temps de rien connaître. Il achètent des choses toutes faites chez les marchands. Mais comme il n'existe point de marchands d'amis, les hommes n'ont plus d'amis. Si tu veux un ami, apprivoise-moi!
-Que faut-il faire? dit le petit prince.
-Il faut être très patient, répondit le renard. Tu t'assoiras d'abord un peu loin de moi, comme ça, dans l'herbe. Je te regarderai du coin de l'oeil et tu ne diras rien. Le langage est source de malentendus. Mais, chaque jour, tu pourras t'asseoir un peu plus près…
Le lendemain revint le petit prince.

-Il eût mieux valu revenir à la même heure, dit le renard. Si tu viens, par exemple, à quatre heures de l'après-midi, dès trois heures je commencerai d'être heureux. Plus l'heure avancera, plus je me sentirai heureux. à quatre heures, déjà, je m'agiterai et m'inquiéterai; je découvrira le prix du bonheur! Mais si tu viens n'importe quand, je ne saurai jamais à quelle heure m'habiller le coeur… il faut des rites".

sexta-feira, 30 de abril de 2010

ALEGRIA


A alegria é sempre contagiante e as pessoas mais alegres certamente vivem mais, ou ao menos mais leves e de bem com a vida.
O dia ensolarado nos tráz um sabor especial, mas nem por isso os dias nublados necessitam ser ruins. A vida é tão maravilhosa, não vale a pena nos permitirmos não vivê-la como ela merece ser vivida.
Ria mais, caminhe mais, suspire mais, seja mais! Olhe no espelho e veja a melhor pessoa do mundo.
Sorria, mesmo sem estar sendo filmado.

sábado, 17 de abril de 2010

NOVIDADE


Agora também você poderá seguir o Falando Nisso pelo twitter.com/_falandonisso, principalmente às 6ªs feiras durante nosso programa pelos 98,9 da Criativa FM de Botucatu.

sábado, 3 de abril de 2010

PÁSCOA


Páscoa é renascimento...
É passagem...
É mudança e transformação...
É ser novo um mesmo ser
Que recomeça pela própria libertação.
Fica para trás uma vida cheia de poeira
E começa agora um novo caminhar
Cheio de luz, de fortalecimento,
Esperanças renovadas,
E um arco-íris rasga o céu
E parece balbuciar que Jesus ressurgiu
para nos provar que o amor
incondicional existe, assim como a vida eterna.
Feliz Páscoa!

sábado, 27 de março de 2010

SENTENÇA

Olha pessoal, alguns problemas técnicos ocorreram e ainda não consegui postar o programa de ontem, mas estou postando o áudio da sentença do casal Nardoni (proferida pelo juiz Maurício Fossen, do 2º Tribunal do júri do fórum de Santana, na cidade de São Paulo) que, principalmente para os estudantes de Direito, é bem interessante de saber que a Justiça também é feita, sim!!! Aliás, para todos nós é muito bom saber que a justiça foi praticada também neste caso.


segunda-feira, 15 de março de 2010

REFLEXÃO





"Se todos os seus esforços forem vistos com indiferença, não desanime, pois Sol ao nascer dá um espetáculo todo especial e no entanto a maioria da platéia continua dormindo".

Até onde sei esta frase não tem um autor conhecido, mas serve para a reflexão nossa diária.

sábado, 27 de fevereiro de 2010

NOSSA AULA - 2


Este material é para que vocês revejam a aula e relembrem aspectos dela e assim estudem melhor. Use para complementar os seus apontamentos feitos durante a aula e com nossa apostila, desta forma você terá um material bem interessante e funcional para seus estudos.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

EU QUERO É BOTAR, MEU BLOCO NA RUA...


Se você é daqueles que no carnaval acha que o mundo vai acabar, saiba que isto é bem possível, basta não se cuidar. Por mais que se façam campanhas e mais campanhas de conscientização, para algumas pessoas carnaval é tempo de liberação geral. Curta a festa, libere as fantasias, mas se cuida!!!
Alguns aproveitam para dar uma trégua para tudo que é ruim, outras querem sossego, outras ainda se retiram de tudo. Não importa qual a sua, só não deixe a alegria abandonar você. Viva feliz, afinal, gente é para brilhar, gente!!!